Mesa redonda. Fiscalização pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Laudo que comprovou a atividade de movimentadores de mercadorias. Autuação. Nada disso fez com que a empresa Agrovia cumprisse a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada entre a Federação dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral do Estado de São Paulo (Fetramesp) e Sindicato dos Armazéns Gerais e das Empresas de Movimentação de Mercadorias no Estado de São Paulo (Sagesp).
Por isso, o Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Catanduva (Sintramcat) entrou com ação contra a empresa, o que resultou numa audiência na Justiça do Trabalho, segunda-feira (22).
Para chamar a atenção da Justiça do Trabalho, da empresa e da própria sociedade, o Sintramcat levou seus diretores, que seguravam faixas, indicando o descaso da Agrovia para com os movimentadores de mercadorias que exercem a função de carregadores de armazém.
O Sintramcat apresentou o laudo da fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A empresa pediu, então, um prazo para contestar o mesmo. A Justiça concedeu dez dias para apresentação de defesa.
Durante fiscalização, o auditor do trabalho constatou que um grupo de 17 trabalhadores movimentadores de mercadorias estava recebendo piso abaixo do previsto pela CCT. Eles recebiam R$ 905,00, quando, na verdade, deveriam ganhar R$ 1.187,54; aqueles que trabalham há mais de dois anos deveriam ter um piso de R$ 1.210,16.
Na terça-feira, dia 23 de julho, na subsede do Sintramcat, em Santa Adélia, os trabalhadores da Agrovia participaram de uma assembleia para renovação da jornada de trabalho de 5 x 1, ou seja, cinco dias de trabalho e uma folga.
Por unanimidade, a proposta foi aprovada.
Fonte: Sintramcat