Por mudanças políticas, Portugal terá greve geral nesta 5ª feira

A classe trabalhadora portuguesa irá às ruas nesta quinta-feira (27) para realizar uma greve geral, com perspectiva de paralisações por todo o país, contra as políticas de direita que levaram a economia nacional a um nível de recessão insuportável.

Em comunicado, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) esclarece os motivos que levaram a sociedade a se organizar dessa forma. Confira abaixo o documento:

Mudar de política – Portugal tem futuro

Os trabalhadores portugueses vão fazer greve geral no da 27 de junho de 2013 como resposta necessária

• Dois anos depois da aplicação do “memorando” que agride os trabalhadores, humilha o povo e hipoteca a soberania, o país está devastado económica e socialmente;
• Temos 1,5 milhão de pessoas sem emprego. Este é um problema que, a par da precariedade, atinge a generalidade das famílias, em Portugal.
• A produção de riqueza baixou para níveis inferiores aos verificados antes da entrada no euro;
• O déficit não desce e a dívida não pára de crescer. A OCDE prevê o agravamento de todos os indicadores económicos e financeiros e aponta para uma dívida de 132% do PIB, em 2014. Perante uma política que não nos deixa criar riqueza, esta dívida torna-se impagável.

Os trabalhadores do setor privado estão na rua porque:

• Prossegue o ataque aos direitos consagrados nas convenções colectivas de trabalho, para agravar a exploração;
• Reforça o poder dos patrões porque incentiva o bloqueamento da contratação colectiva, o congelamento dos salários e das portarias de extensão e a não actualização do salário mínimo;
• Pretende instituir a precariedade laboral como regra e promove os baixos salários e as más condições de trabalho.

Os trabalhadores da Administração Pública estão na rua porque:

• Estão ameaçados com o maior despedimento colectivo de sempre, travestido de requalificação, não renovação de contratos, das rescisões e da mobilidade
 
O Povo está na rua porque:

• Diminui a segurança social, procede a mais cortes nas pensões de reforma e reduz o subsídio de desemprego e os apoios sociais; agrava as injustiças e as desigualdades;
• A redução dos serviços na Administração Pública Central, Regional e Local, limita o acesso dos cidadãos à saúde, à educação e à protecção e apoio social, põe o povo a pagar mais e a ter menos qualidade dos serviços públicos prestados.

Existe alternativa:

– Pôr fim à política de direita
– Construir uma política alternativa de Esquerda e Soberana

Fonte: CGTP-IN

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