Em consonância com os movimentos populares e consciente da necessidade de avançar nas mudanças em direção a um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, a CTB Rio de Janeiro, divulgou no início desta semana uma nota de apoio às manifestações desencadeadas Brasil afora pela redução da tarifa do transporte público.
Em nota a CTB, que tem integrado os protestos promovidos no estado, reafirma sua disposição de luta por um transporte público de qualidade e acessível a todos, além de bandeiras que fazem parte de sua agenda como a democratização dos meios de comunicação, redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, um sistema de saúde de qualidade para todos, entre outros.
Confirma a nota na íntegra:
As manifestações que eclodem em todo o país lutam contra um sistema de transporte caro, ineficiente e hegemonizado pelos tubarões empresários dos ônibus e defendem um transporte de massa público, de qualidade e acessível para todos, contam com apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
Nessa linha, derrotar o pensamento conservador e neoliberal que hegemoniza a maioria das instituições é fundamental para o desenvolvimento da Nação. Para exemplificar, dos 513 deputados federais, apenas 70 possuem alguma ligação com os movimentos sociais, o que torna muito difícil avanços para classe trabalhadora.
Não concordamos com nenhum tipo de violência, de qualquer parte, e repudiamos a forma truculenta com que a PM tem atuado na repressão aos que se manifestam pacificamente. É inaceitável que boa parte da mídia conduza a cobertura jornalística distorcendo fatos e descaracterizando o movimento, o que reacende a necessidade de regulamentar os meios de comunicação.
Acreditamos que disputar os rumos do país significa colocar nas ruas a pauta da juventude e dos trabalhadores. A mobilização deve tocar em temas fundamentais para reformas estruturais do país, além da questão da mobilidade urbana, e por isso conclamamos os movimentos sociais para impulsionar alteração na correlação de forças da Nação e do Congresso Nacional e defender uma mudança de postura do governo na condução da economia do país, priorizando o desenvolvimento com geração de emprego e distribuição de renda e não a “bolsa banqueiro” que é a política de juros altos do Banco Central.
Nesse sentido insere-se a defesa e o fortalecimento de um sistema de saúde e educação públicos, gratuitos e de qualidade, financiados principalmente pela renda do capital e royalties do pré-sal, e as bandeiras aprovadas pelas Centrais Sindicais na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora em 2010:
– Transporte público acessível e de qualidade para todos;
– Democratização dos meios de comunicação;
– Reforma Política com financiamento público de campanhas;
– Fim do Fator Previdenciário;
– 10% do PIB para Educação;
– Saúde para todos e Saneamento ambiental;
– Reforma Tributária de caráter progressivo;
– Reforma Agrária e Urbana;
– Redução da jornada de trabalho, sem redução de salários. 40 horas já!