Chegou ao fim a greve dos professores particulares de Pernambuco. Em assembleia, a categoria resolveu aceitar a proposta feita pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe).
Na proposta analisada pelo Sindicato dos Professores em Pernambuco (Sinpro/PE), foi aprovado o reajuste de 12% para o nível 1 da categoria; 9% para o nível 2; e 8,22% para os professores que recebem acima do piso. Além disso, também houve mudança no valor da gratificação por atividade extraclasse, que antes era de 10% pago quatro vezes ao ano, por unidade. Com a mudança, passa a ser de 3,5% mensais.
O resultado foi considerado uma vitória pela categoria, que num ato de coragem manteve os braços cruzados por sete dias.
“Pela primeira vez, na história do Sinpro Pernambuco, os docentes mostraram para sociedade, que as reivindicações da categoria, vão além o reajuste salarial. Dessa vez a principal bandeira de luta foi valorização profissional com qualidade de vida”, destacou o Sinpro em nota.
A campanha salarial 2013 dos professores pernambucanos foi marcada por atividades criativas, como o passeio ciclístico, promovido pelo Sindicato, que saiu as ruas da cidade do Recife, expondo para a população, que o professor não tem tempo para convívio familiar e lazer, pois tem sua vida privada invadida pelo excesso de trabalhos extraclasses. Conquistando o apoio e a simpatia da população.
“A nossa luta não foi apenas pelo aumento salarial, lutamos pela manutenção e ampliação de conquistas que garantisse aos professores boas condições de trabalho”, afirmou o coordenador-geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra.
De acordo com o sindicalista o período também foi marcado por práticas antissindicais das instituições de ensino, que foram combatidas pelo Sindicato com ações jurídicas e de comunicação. “Os patrões tentaram enfraquecer o movimento dos professores propuseram a retirada de direitos históricos já conquistados. A categoria não permitiu que os frutos de anos de luta e mobilizações fossem retirados da Convenção Coletiva de Trabalho”.
Outra grande conquista segundo Sinpro foi a cláusula que trata do adicional de pesquisa e correção de provas. Os donos de escolas passaram a reconhecer como legítimo o pagamento do trabalho extraclasse. Esse adicional obrigatório será de 8,5% mensalmente sobre os salários dos docentes, inclusive sobre o 13°.
A busca pela equiparação dos pisos salariais dos professores da educação básica (Educação Infantil ao Nível Médio) tem sido uma luta constante para a diretoria do Sinpro Pernambuco. Os educadores receberam para o nível 1- R$ 6,72 e para o nível 2- R$ 7,67. Já o reajuste salarial geral dos professores foi de 8,22% .
“Mostramos para os patrões que nossa pauta é diferente, o nosso foco é a regulamentação, valorização do professor no setor privado de ensino e melhores condições de trabalho para nossa categoria”, afirmou o coordenador .
Portal CTB com Sinpro-PE