O campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Franca (SP) chega nesta quarta-feira (12) ao 10ª dia de greve com paralisação total na unidade. Em assembleia realizada na manhã da última quarta-feira (12), professores e estudantes decidiram pela continuidade do movimento, que segue por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira (13), os funcionários do campus também realizarão assembleia para definir a posição da categoria.
Estudantes e funcionários do campus em Franca entraram em greve por tempo indeterminado no último dia 03. Já os professores da unidade aderiram ao movimento na quinta-feir (06). Os servidores e docentes pedem reajuste salarial de 11% junto ao Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e isonomia de pisos e benefícios com a USP e a Unicamp. Já os estudantes reivindicam por nova moradia estudantil, investimentos em segurança nos arredores do campus, ampliação de restaurante universitário e aumento da oferta de bolsas de auxílio socioeconômico.
Segundo o servidor José Carlos Rezende, integrante do comando de greve, é provável que os funcionários também votem a favor do movimento. “A tendência é que nós [servidores] também continuemos em greve. O campus segue sem aulas e as repartições só funcionam para procedimentos emergenciais”, afirma. Segundo Rezende, a deliberação pela continuidade da greve partiu do balanço da reunião com o reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, na última sexta-feira (7). Durigan discutiu com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp) e Conselhos Estudantis em audiência sobre as reivindicações de cada segmento.
“Entendemos que houve um avanço. O reitor, que antes estava relutando qualquer manifestação, assumiu o compromisso de montar uma comissão para estudar nossas reivindicações e dar esse retorno a partir de julho”, explica Rezende. Segundo o servidor, Durigan se comprometeu a implantar a isonomia de pisos e benefícios com a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) a partir de 2014 – uma das principais reivindicações dos funcionários.
Com agências