Professores das escolas estaduais do Maranhão continuam em greve. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma), cerca de 80 municípios aderiram à paralisação.
Há quatro a direção do Sinproesemma participa de reuniões de negociação com representantes do governo do Estado. O resultado da negociação será submetido às assembleias regionais, que devem acontecer nas próximas semanas, quando os educadores irão avaliar os rumos do movimento grevista, iniciado na última terça-feira (23).
O principal ponto de pauta da greve dos trabalhdores é o Estatuto do Educador, que estabelece as regras da carreira dos profissionais de educação.
Depois de quase dois anos de negociação, o governo do Estado, além de retardar o envio do projeto para votação na Assembleia Legislativa, apresentou, recentemente, ao sindicato, uma proposta com vários artigos alterados, modificando o texto construído, em comum acordo, entre o sindicato e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Agora, para retornar à sala de aula, os educadores querem o texto corrigido para posterior aprovação no Legislativo, inclusive a nova tabela salarial, com o enquadramento de cargos, prevendo as progressões funcionais e o interstício entre as referências salariais.
Ato público
Na última sexta-feira (26), o Sinproesemma e o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Educacionais de Imperatriz (STEEI) fizeram um ato público em defesa da educação pública de qualidade, na Praça de Fátima, no centro de Imperatriz.
O evento contou com a participação de estudantes, pais e representantes da sociedade que se solidarizam com os educadores que estão em greve geral deste o dia 23 de abril.
Após a concentração, os manifestantes marcharam pelas avenidas Getúlio Vargas e Dorgival Pinheiro de Sousa, seguindo em direção à BR-010, onde paralisaram o tráfego por cerca de 30 minutos.
O ato foi ainda uma forma de denunciar, esclarecer e sensibilizar a sociedade das motivações da greve geral e também fortalecer o movimento grevista junto à sociedade.
Durante a atividade, os dirigentes pontuaram algumas das dificuldades que a classe educadora vem sofrendo, dentre elas, destacaram os prejuízos com a não aprovação do Estatuto do Educador e a forma como o governo do Estado, vem tratando a educação do Maranhão, levando-a às últimas colocações do Brasil .
“Enquanto não houver a aprovação do Estatuto do Educador, os professores permanecerão em greve por tempo indeterminado”, explica Rosyjane. Para a dirigente, o grande diferencial do movimento, na região de Imperatriz, é o apoio dos estudantes na luta dos educadores.