Dezenas de professores saíram em caminhada até a Prefeitura Municipal de Patos (PB) na manhã desta segunda-feira (29), onde foi realizado um ato público. Após o atividade, o Comando de Greve foi recebido pela prefeita Francisca Mota e o chefe de Gabinete Pedro Leitão.
A prefeita firmou o compromisso de averiguar no Tribunal de Contas do Estado, na próxima quinta-feira (02), a situação do Município e em seguida reunir mais uma vez com o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (Sinfemp) e o comando de greve.
Ficou definido a formação de uma comissão composta pela presidente do sindicato, Carminha Soares, Jailma Figueiredo, que é presidente do Conselho Municipal do Fundeb, juntamente com a Secretária de Educação, Adalmira Marques e a adjunta Rita de Cássia, para analisarem a folha do Fundeb e ver a possibilidade de aumento salarial.
Para Carminha Soares, a entidade e a categoria já decidiram que não aceita os 2% de aumento salarial e pediu para que a Prefeita não mande essa proposta para a Câmara Municipal, enquanto não for apresentada uma proposta que atenda aos interesses da categoria.
O presidente estadual da CTB Paraíba e vice-presidente do Sinfemp, José Gonçalves, afirmou que não tem sentido a categoria – que obteve uma média de 19,5% durante os oito anos – ser apresentada a uma proposta humilhante de 2% e que deve ser assegurada a negociação para que ambas as partes e especialmente os alunos que estão sem aulas não tenham mais prejuízos.
Gonçalves destacou que o Sinfemp sempre foi uma entidade combativa e de luta, diferentemente de outro sindicato que está do lado dos patrões, dos que estão no poder e contra os professores e servidores municipais.
Destacou ainda que existem muitas pessoas que querem se aproveitar do movimento para barganhar posteriormente empregos junto ao poder público municipal e que o sindicato deve está atento a essa situação, para não confundir as coisas. “Queremos e precisamos do apoio de todos a nossa luta, mas ao mesmo tempo, os oportunistas que querem se aproveitar do movimento, sem sequer fazer parte da categoria, devem ser denunciados aos professores e demais servidores municipais”, disse.
Vale salientar que a Greve continua por tempo indeterminado no Municipio, com adesão de praticamente 100%, pois apenas os professores contratados de creches e algumas escolas estão trabalhando.
Fonte: sinfemp.com.br