MONTEVIDÉU, 17 OUT (ANSA) – Centenas de trabalhadores de uma das principais fábricas de calçados do Uruguai acionaram seus seguro-desemprego, em conseqüência da queda das vendas para a Argentina, ocasionada pela crise financeira mundial.
A fábrica da brasileira Alpargatas no Uruguai suspendeu há três meses 40 funcionários e desde 1º de outubro estendeu a decisão a outros 58 trabalhadores.
Inicialmente a equipe iria retirar uma maior parte da equipe, mas os operários concordaram em reduzir suas horas semanais trabalhadas, diminuindo para 17 o número de afetados pela medida, informou hoje o dirigente do sindicado de calçados do país, Elio Suárez ao jornal El País.
A decisão foi tomada após empresas argentinas terem comunicado o cancelamento "das compras de alpargatas pelo resto do ano devido a queda das vendas" e depois de anunciarem que "já tinham estoque de material para produzir calçados desportivos e que não compraria até um novo aviso", explicou Daniel Tournier, secretário da Câmara do Comércio.
A maioria dos trabalhadores amparados pelo seguro-desemprego era da seção de corte para a parte superior do tênis Topper, fabricado na Argentina.
A fábrica uruguaia da Alpargatas é uma das maiores empresas da indústria do calçado no país, com uma equipe de 150 pessoas. (ANSA)