Um grupo de parlamentares de 12 países sul-americanos começou hoje (17) a elaborar a constituição do Parlamento da União de Nações Sul-americanas (Unasul) que terá sua sede na cidade boliviana de Cochabamba. O evento, que se realiza no Palácio Portales, foi inaugurado pela presidente chilena, Michelle Bachelet, em sua condição de presidente pro témpore da Unsaul, e pelo presidente boliviano, Evo Morales.
Bachelet disse que os governos devem trabalhar pela unidade sul-americana, mas respeitando a diversidade, avançando em tudo o que podem e estabelecendo acordos com consenso para que a Unasul se torne forte. Por sua vez, Morales afirmou que sonha com uma América do Sul unida para resolver seus problemas sem esperar a cooperação de outros continentes.
Morales pediu aos parlamentares que definam os mecanismos e autorizem os presidentes para que uma porcentagem das reservas internacionais de cada país seja aportada ao Bando do Sul, de maneira que se constitua em uma alternativa para resolver os problemas sociais, econômicos de cada um dos membros da Unasul.
O tratado constitutivo da Unasul, assinado no dia 23 de maio deste ano, em Brasília, pelos chefes de Estado e Governo de 12 países, determinou a consolidação do parlamento sul-americano. O embaixador plenipotenciário da Bolívia, Pablo Sólon, explicou que o objetivo da reunião de Cochabamba é avançar na conformação de um grupo de trabalho que adiante os acordos e os consensos sobre o futuro parlamento da Unasul.
A Unasul, criada em Cuzco em 2004, expressou no dia 15 de setembro deste ano em Santiago do Chile, seu firma respaldo ao processo democrático de mudança que realiza Morales. A organização é integrada pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.