Três pessoas teriam falecido, entre elas, uma criança, e quantidade de feridos teria aumentado para uma centena, como saldo da repressão policial contra o protesto indígena que se realiza em La Maria, a 600 quilômetros ao sudeste de Bogotá, onde se encontram concentradas mais de 10 de mil pessoas na mobilização conhecida como "a mutirão indígena e popular pela resistência".
A informação foi divulgada pela Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC). A polícia, por sua parte, falou que cinco uniformizados ficaram com lesões. Os manifestantes denunciam a utilização de armas não convencionais e excesso por parte da força pública.
O Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC) acusou, nesta quarta, em comunicado ao esquadrão antidistúrbios da Polícia de disparar contra os manifestantes. "À ponta de bala de fusil nos atacam, mais de 10 feridos à bala. Vão nos massacrar", afirmaram.
À medida que passam as horas, a situação se torna mais violenta, dezenas de feridos, disparos, tanques, lançamento de gases lacrimogêneos é o panorama da jornada de resistência indígena.
Gérman Valencia, representante de direitos humanos, em declaração à Telesur, denunciou que a força pública recarrega os gases, os enche com objetos perfurantes. "Isso é o que estão jogando nas pessoas, esse é o diagnóstico dos feridos que neste momento temos no centro de saúde", disse Valencia.
Esta agressão motivou a associação de grupos indígenas a solicitar a proteção para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Em coletiva de imprensa em Bogotá, o líder indígena Berito Cobaría, da etnia Uwa, afirmou que não vão interromper os bloqueios na rodovia Panamericana até que o presidente Álvaro Uribe aceite conversar com eles.
A notícia é da TeleSUR