Quem não conhecia a fundo a história do Sindicato dos Bancários da Bahia pôde imaginar e reviver toda a trajetória da entidade, nesta segunda-feira (04), durante o coquetel em comemoração ao aniversário de 80 anos do SBBA. Os acontecimentos ao longo dessas oito décadas foram contados por quem ajudou a formar a solidez do Sindicato: os bancários.
Visivelmente emocionado, o presidente do Sindicato, Euclides Fagundes, relembrou a importância do fundador José Mutti de Carvalho e o legado deixado pelo sindicalista. Durante toda a jornada da entidade, muitas foram as conquistas, não só para a categoria, mas para toda a sociedade. Hoje, o Sindicato é referência em todo o movimento sindical e esta representatividade só foi consolidada através de muita organização e combatividade.
O Espaço Cultural Raul Seixas estava lotado e a plateia, cercada de bancários, jornalistas, funcionários da entidade e parlamentares, relembrou, através de fotos antigas, os momentos mais marcantes do Sindicato. A noite foi de festa e terminou com a certeza de que a luta por melhorias continua.
Funcionários também constroem a história
O sucesso não acontece por acaso. Para se construir uma história, é preciso contar com pessoas compromissadas. Por isso, a importância dos funcionários do Sindicato foi reconhecida pelo presidente Euclides Fagundes, durante coquetel. “As pessoas que trabalham aqui, cada uma delas, inclusive as que já se foram, são fundamentais para que o Sindicato seja hoje referência”.
Em todos os lugares da entidade é possível encontrar essas pessoas. Paulo Francisco dos Santos, mais conhecido como Paulinho, está há 15 anos no Sindicato. A simpatia contribui para a rotina de trabalho, que inclui a supervisão do pessoal da limpeza e outros serviços adicionais.
Quem também está sempre a postos para ajudar no trabalho é Crispim Neves de Almeida, 64 anos e há 28 no SBBA. A idade não impede que o bibliotecário participe de outras atividades da entidade. “Desde 1984, participo de todas as lutas sindicais, desde manifestações até greves”, completa.
Trajetória contada em livro
Os desafios, as mobilizações, greves e conquistas dos bancários da Bahia e do Brasil são contados nas 504 páginas do livro Bancos, Bancários e Movimento Sindical, de 1998. O autor da obra, que em 2008 ganhou uma 2ª edição atualizada, é o presidente do Sindicato, Euclides Fagundes. A partir da análise do surgimento do sistema financeiro, o ele mergulha a fundo no movimento bancário, com destaque para a fundação do Sindicato da Bahia, em 4 de fevereiro de 1933.
Para isso, além de ouvir nomes de referência, Fagundes aproveitou a experiência sindical, iniciada em 1976, quando a oposição sindical bancária começou a se reorganizar. A obra, no entanto, vai além do mundo bancário. O leitor é convidado a fazer uma viagem aos momentos importantes da política e da economia brasileira.
Fonte: SBBA