Petroleiros de Natal paralisam atividades e promovem grande manifestação por PLR justa

No Rio Grande do Norte, a jornada nacional de luta por uma PLR justa e democrática teve prosseguimento na terça-feira (29), com a paralisação de atividades na Sede Administrativa da Petrobrás, em Natal.

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O movimento – considerado o maior dos últimos anos – teve início às 4 horas da manhã, com o apoio de turmas de trabalhadores do Ativo de Produção do Alto do Rodrigues, das Plataformas Marítimas e do Polo Guamaré. Em assembleias, esses coletivos decidiram atrasar os respectivos embarques e fechar todos os portões de acesso às instalações da Companhia.

A partir das 6h30, com a aproximação do horário de expediente, teve início o trabalho das comissões convencimento. Por ser uma unidade que concentra grande número de detentores de cargos, chegaram a ocorrer algumas discussões acaloradas, mas, a grande maioria dos trabalhadores aderiu espontaneamente à mobilização.

plr2013mossoro2Conscientes da justeza de suas reivindicações, petroleiros e petroleiras estacionaram seus veículos nas proximidades da Empresa e se dirigiram ao local da manifestação. Segundo estimativas de diretores do Sindipetro-RN, mais de 90% dos trabalhadores da Sede aderiram ao movimento, incluindo terceirizados. A paralisação se estendeu por todo o expediente e fez com que a Empresa tivesse que transferir o local de realização de vários eventos.

Em todo o Estado, as manifestações em defesa do valor máximo para a PLR 2012, com divisão igualitária por todos os trabalhadores, têm sido acompanhadas de críticas ao modelo de gestão adotado pela atual presidente da Petrobrás, Graça Foster. Os principais alvos são o aumento dos casos de assédio moral e a política de redução de custos a qualquer custo, que ameaça subtrair direitos dos trabalhadores e prejudica a economia regional. De acordo com informações obtidas por diretores do Sindicato, somente na região de Mossoró, nos últimos três meses, cerca de mil postos de trabalho foram extintos, em razão da retração de investimentos da Companhia.

Desde meados de dezembro, os petroleiros estão mobilizados, cobrando da Petrobrás a negociação dos valores integrais da PLR 2012, para impedir que a empresa continue definindo de forma unilateral o provisionamento, como tem feito nos últimos anos, sem qualquer negociação com a categoria.  Os trabalhadores querem regras e critérios transparentes, democráticos e justos.  A proposta de adiantamento da PLR que foi apresentada pela Petrobrás no final do ano passado foi massivamente rejeitada pela categoria, que, além de não aceitar redução dos valores, exige que a empresa negocie os valores integrais.

No dia 16 de janeiro, os petroleiros se reuniram com o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) para cobrar do governo uma solução para o impasse em que se encontra a negociação da PLR 2012.

A decisão da Petrobras de não marcar uma nova rodada de negociação, após a paralisação nacional de 24 horas deflagrada domingo pelos petroleiros, levou a liderança do movimento a pregar a realização de uma greve geral por tempo indeterminado, com a interrupção da produção de petróleo em alto-mar e do trabalho nas refinarias.

A companhia informou não haver novas discussões marcadas com as duas entidades que representam os trabalhadores da indústria do petróleo: a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Fonte: Sindipetro-RN

 

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