A população venezuelana se reúne desde o começo da manhã desta quinta-feira (10) em frente ao Palácio de Miraflores para participar de uma manifestação em apoio ao presidente Hugo Chávez, que se recupera da quarta cirurgia contra um câncer, em Cuba.
O evento, convocado pelo governo venezuelano no início desta semana, receberá representantes de cerca de 20 países. Entre os convidados que confirmaram presença estão os presidentes de Bolívia, Evo Morales, Nicarágua, Daniel Ortega, e Uruguai, José Mujica. O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo e os chanceler de Equador, Ricardo Patiño, e Argentina, Héctor Timerman, também são esperados em Caracas.
Além do Palácio de Miraflores, há concentração de chavistas em outras partes da capital venezuelana, como na Praça Venezuela e nas avenidas Libertador e Baralt. Também foi realizado um ato de artistas e intelectuais em defesa de Chávez.
A data marca o fim de semanas de dúvidas quanto à presença de Chávez na Venezuela. Para o governo, o clima de desestabilização estaria sendo alimentado por notícias difundidas por jornais opositores, que falam de um desabastecimento crônico de alimentos, e as recentes declarações de membros da Igreja Católica e de políticos da oposição.
Para o ex-ministro da Comunicação venezuelano Jesse Chacón, a oposição faz uma leitura equivocada da realidade do país ao “empreender uma campanha desesperada para retirar Chávez do poder, desconhecendo o tema da vontade popular”, respaldado no artigo 5 da Constituição. “É claro que seu objetivo é derrubá-lo, não importa por qual via: fizeram uma paralisação petroleira, perderam todas as eleições das quais participou Chávez. Dessa forma, tentarão de novo”, indicou Chacón.
Com informações do Opera Mundi e agências