Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o aumento do desemprego resultante da crise econômica afetou mais as mulheres. Segundo o órgão, alguns fatores que podem explicar essa diferença são o maior número de contratos temporários entre as mulheres, diferenças no nível educacional e segregação do mercado de trabalho.
Também que elas são mais propensas a deixar ou retomar a atividade econômica devido a questões familiares do que os homens, aponta o relatório “Tendências Mundiais de Emprego das Mulheres 2012”, divulgado no mês de dezembro.
No período anterior ao da crise, entre 2002 e 2007, a diferença entre a taxa de desemprego mundial entre mulheres (5,8%) e homens (5,3%) era de 0,5 ponto percentual. Já no decorrer da crise, de 2009 a 2012, o índice subiu para 0,7 ponto percentual. As mulheres registram 6,4% de desemprego e homens 5,7%.
O órgão também indica que no mundo metade das mulheres trabalham com serviços, um terço na agricultura e um sexto na indústria. Nos países desenvolvidos, cerca de 85% delas estão concentradas nas áreas de Saúde e Educação. Para a OIT, isso indica que há mais limites para as mulheres em suas escolhas de emprego.
Ao redor do mundo há cerca de 1,3 bilhão de mulheres no mercado de trabalho. Isso equivale a menos de 40% do total de 3,3 bilhões de trabalhadores.
Luta histórica
Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Raimunda Gomes, a Doquinha, tais números servem de estímulo à luta por igualdade de gênero em todo o planeta.
“A crise atual tem servido para acentuar as diferenças que ainda perduram no mercado de trabalho. Para nós, mulheres, é importante combater todo tipo de assimetria, seja de gênero, de raça ou social”, afirmou a dirigente da CTB.
Com informações da Radioagência NP