Os servidores da Fundação Biblioteca Nacional fizeram nesta quarta-feira (19) uma manifestação em frente à sede para cobrar da direção reformas no prédio. De acordo com o movimento, com a situação da infraestrutura do local, os 9 milhões de obras da instituição, localizada no centro do Rio de Janeiro, correm o risco de se deteriorar de forma mais rápida.
Esta situação se agrava pela falta de aparelho de ar condicionado nos seis dos oito andares do órgão, segundo disse a representante da Associação dos Servidores da Biblioteca Nacional, Flávia Maria Cézar, em entrevista à Agência Brasil. De acordo com ela, o equipamento foi desligado em maio deste ano, após um vazamento de água na tubulação da instituição. Além do calor, há ainda problemas na parte elétrica e na fachada do prédio.
Segundo explicou Flávia Maria Cézar, com a proximidade do verão, as altas temperaturas chegam a 50 graus Celsius em determinados setores. Por isso, defende a utilização do aparelho para auxiliar na preservação dos documentos. Também por conta do forte calor, de acordo com a servidora, funcionários estão contraindo problemas respiratórios.
“Na verdade, é o ar condicionado que não está funcionando. Nós estamos trabalhando com as janelas abertas. É muita poeira, calor e barulho, e a gente tem que trabalhar nessas condições. Então, além de sofrer com o calor, estamos sofrendo de alergia. É uma situação muito difícil e desconfortável”, disse.
Além do desconforto e do forte calor, os funcionários lidam com a redução do número de pesquisadores. Como constatou Flávia Cézar, antes de o aparelho quebrar, cerca de 300 usuários passavam pelo local diariamente. Atualmente, somente 150 pessoas visitam o espaço. “Até os pesquisadores estão se afastando e já não vêm mais com a frequência que vinham antes. É muito desconfortável ficar aqui”, queixou-se.
Flávia Maria Cézar ressaltou que, desde maio deste ano, quando houve a quebra do aparelho, a direção se comprometeu em efetuar o conserto, porém até hoje o serviço não foi feito.
“Nós tivemos várias reuniões com a diretoria e, por último, eles [a direção] nos deram um prazo até o dia 17 de novembro para a volta de um dos sistemas de ar condicionado. Já estamos no dia 19 de dezembro e ainda não voltou a funcionar”, reclamou.
A direção do órgão respondeu, por meio de nota, que mantém permanente monitoramento de temperatura das áreas com guarda de acervo da Biblioteca Nacional e que o equipamento será colocado em funcionamento. “A FBN informa que a reforma do sistema complementar de ar condicionado foi concluída dia 17 de novembro, e desde então, está em fase de teste”, diz a nota.
Fonte: Agência Brasil