O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região se reuniu na tarde da terça-feira (20) com representantes da empresa Voges para decidir sobre as denúncias relatadas pelos trabalhadores de falta de depósitos do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), não pagamento de férias, rescisões incorretas e o não pagamento do vale-transporte. Na reunião foi acordado pelo sindicato e pela empresa, com o aval dos Ministérios Público e do Trabalho, que haverá a regularização das rescisões e das férias atrasadas até sexta-feira (23).
Também ficou decidido que nenhum trabalhador será demitido até o dia 31 de dezembro deste ano. O 13º será pago em duas parcelas, um esta semana e a outra em dezembro. Quanto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço foi acordado que em caso de demissão os depósitos devem ser feitos, caso o trabalhador queira utilizar o Fundo na compra da casa própria a partir do próximo ano poderá apresentar a documentação na empresa que ele será depositado. O presidente em exercício, Leandro Velho, destacou que cada vez mais se comprova que a união da categoria é o que faz a diferença. “Precisamos nos unir, pois é a nossa mobilização que vai garantir nossos direitos. O sindicato foi informado desses problemas, fizemos a nossa parte e junto com os trabalhadores vamos resolver.”
Velho afirma ainda que situações como essa são um retrocesso nas lutas dos trabalhadores. “Infelizmente ainda temos que lutar por direitos que estão na Constituição. Poderíamos estar lutando por melhorias e outras lutas enquanto esse tipo de situação é retroagir, lutar por algo que já é lei. Mas estamos cumprindo nosso papel de representar a
categoria e garantir que os trabalhadores sejam respeitados e valorizados”.
A promessa da Voges em realizar os pagamentos das férias, acertar as rescisões e os depósitos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ainda no mês de agosto, não havia sido cumprida. Os trabalhadores das duas unidades da Voges, de Caxias do Sul, paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira, 20, para reivindicar seus direitos trabalhistas.
As horas paradas não serão descontadas dos trabalhadores.
Por Fabíola Spiandorello