Em assembleias realizadas por todo Brasil na noite da última quarta-feira (12), bancários rejeitaram a proposta da Fenaban e aprovaram a deflagração de greve nacional a partir da próxima terça-feira (18) por tempo indeterminado. Novas assembleias serão realizadas na segunda-feira (17) para organizar o movimento.
Já decidiram cruzar os braços bancários da Bahia, Sergipe, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Florianópolis, Pernambuco, Ceará, Pará, Paraíba, Alagoas, Piauí, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Amapá, Londrina e Campinas, dentre outros,
A decisão segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, que considerou insuficiente a proposta dos bancos de reajuste de apenas 6% sobre todas as verbas salariais -, o que representa um aumento real de apenas 0,58%, menor que o índice da quase totalidade dos acordos feitos por outras categorias no primeiro semestre deste ano, que obtiveram ganhos superiores a 5% acima da inflação. Os bancos ainda lançaram R$ 39,15 bilhões em provisões para devedores duvidosos (PDD) no primeiro semestre, 64,3% a mais que o lucro líquido.
“A Fenaban frustrou a expectativa dos bancários com uma proposta indecente, forçando a categoria a entrar em greve por melhores salários e condições dignas de trabalho”. Avalia Francisco André, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Itabuna.
Na última quarta-feira (5), o Comando Nacional enviou carta à Fenaban informando sobre o calendário de mobilização e reafirmando a importância de se buscar um acordo negociado. Mas até agora, passados sete dias, os bancos não deram nenhuma resposta.
“Os banqueiros pagaram pra ver. Eles sinalizaram no início que queriam fechar acordo sem greve, mas apresentaram 6% sem nenhuma elevação diferenciada no piso e com PLR [Participação nos Lucros e Resultados] praticamente nos mesmos moldes de 2011″, declarou Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (FEEB).
Souza, que integra o Comando Nacional dos Bancários, frisa que a CTB vai intensificar a mobilização dos militantes em todo país para deflagrar greve a parti do do dia 18. “Antes disso teremos uma nova assembleia, no dia 17. Se até lá tiver outra contraproposta ela será examinada. Mas, vamos votar pela greve desde já até para evitar problemas jurídicos futuros”, ressalta Emanuel.
As principais reivindicações dos bancários
● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.
Portal CTB com SEEB e Vermelho