Os bancos, mais uma vez, frustraram as expectativas dos bancários com a manutenção da proposta da rodada anterior, com reajuste de 6% ( aproximadamente 0,7% de aumento real ) , na reunião de negociação realizada com o Comando Nacional dos Bancários na última terça-feira (04), em São Paulo. Diante do impasse, o Comando definiu calendário de mobilização que aponta para a realização de assembleias nesta quarta-feira, dia 12, para deflagrar greve nacional por tempo indeterminado a partir do próximo dia 18.
Os bancos não mudaram de posição nem depois da divulgação da pesquisa do Dieese na semana passada revelando que 97% das categorias profissionais fecharam acordos com reajustes acima da inflação no primeiro semestre. Portanto, o sistema financeiro, o mais dinâmico e rentável da economia, tem condições de atender à reivindicação de aumento real de 5% dos bancários.
O Comando decidiu enviar carta à Fenaban, manifestando disposição para o diálogo e resolver o acordo na mesa de negociação. A Contraf também encaminhou ofícios aos bancos públicos, cobrando apresentação de propostas para as reivindicações específicas dos trabalhadores, e aos bancos privados, para reiterar a exigência de negociações sobre garantias de emprego.
Os bancários querem continuar negociando em busca de um acordo que contemple a categoria com aumento real, valorização maior do piso, PLR de três salários mais R$ 4.961,28 fixos, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas.
“Diante da postura da Fenaban, o Sindicato dos Bancários de Sergipe, adianta sua posição de aprovação de greve por tempo indeterminado, pela assembleia geral desta noite, com ratificação de nova assembleia no dia 17. Vamos à luta!”, afirma o presidente do Sindicato, José Souza.