Metalúrgicas participam do 1º Encontro das Mulheres Trabalhadoras de Caxias do Sul

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil realizou, no dia 1º de setembro, em parceria com diversos sindicatos, entre eles, o dos metalúrgicos, o 1º Encontro das Mulheres Trabalhadoras de Caxias do Sul. O evento, que aconteceu no SESC, reuniu cerca de 150 pessoas e teve como tema “A participação política para as mulheres”.

O presidente em exercício do Sindicato e Coordenador da CTB Regional, Leandro Velho, destacou em seu pronunciamento, durante a abertura do evento, que é preciso lutar por uma sociedade igualitária, com consciência e sem excluir nenhum segmento da sociedade. “Lugar de mulher é caminhando e lutando ao lado do homem. Nossa luta é contra o
preconceito.”

As discussões trataram de assuntos de interesse das mulheres, como a participação política das mulheres trabalhadoras, a emancipação e a autonomia das mulheres, além da violência contra a mulher e a lei maria da penha.

Raimunda Gomes, a Doquinha, secretária das Mulheres Trabalhadoras da CTB, foi uma das palestrantes do evento. Ela salientou que atualmente há uma reconfiguração nas estruturas familiares. “A sociedade não vê mais a mulher como um ser secundário, que trabalha apenas para complementar a renda do marido. Apesar dos preconceitos, a mulher conquistou
lugares importantes na sociedade, inclusive na política, antes ocupados por homens. Isso muda a configuração da mulher na sociedade”.

Doquinha, durante sua explanação, apresentou dados que comprovam que mesmo as mulheres sendo 41,7% da população economicamente ativa do país, ainda sofrem muitos preconceitos no mercado de trabalho. “Metade dos trabalhadores informais no Brasil são mulheres, ou seja, não contribuem com o INSS, e não terão nenhum tipo de assistência.”

Outro dado apresentado pela palestrante foi que as mulheres recebem salários 28% inferiores aos dos homens, mesmo tendo melhor qualificação na maioria dos casos. Além disso, sofrem com a dupla jornada, trabalham 18 horas por semana em casa, enquanto os homens, apenas 4. “Precisamos lutar pelos direitos das mulheres, pois as nossas lutas são universais, atingem diversos segmentos da sociedade.”

Foto: Fabíola Spiandorello

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