Ao meio-dia da última terça-feira (07), mais de cem pessoas se reuniram no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público de Porto Alegre, num ato de combate a violência contra a mulher. A data escolhida para a manifestação foi marcada pelo seis anos da Lei Maria da Penha. O principal objetivo do encontro era a aplicação e ampliação da lei, além de mostrar para a sociedade que está na hora se dar um basta à banalização da violência contra a mulher.
Estavam presentes no ato familiares e amigos de Márcia Calixto e seu filho Matheus, assassinados há 15 dias, na zona sul de Porto Alegre, por Ênio Carnetti – marido de Márcia e pai de Matheus.
Familiares e amigos de Márcia e Matheus vestiram camisetas com foto da mãe e do menino assassinados.Aline VargasFamiliares e amigos de Márcia e Matheus vestiram camisetas com foto da mãe e do menino assassinados.
“Estamos aqui querendo dar maior visibilidade para uma das leis mais importantes que temos no Brasil, a lei Maria da Penha. Além disso, buscamos um espaço de denúncia, porque só a lei não consegue descontruir a cultura do machismo. Então para que ela seja eficiente, precisamos passar por mudanças culturais. Incluindo políticas públicas que falem que o trabalho doméstico precisa ser compartilhado entre homens e mulheres, toda a família precisa dar conta das tarefas para que assim haja um respeito mútuo.”, defendeu Cláudia Prates, da Marcha Mundial das Mulheres.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de um milhão de mulheres são vítimas de violência doméstica no país. Esse tipo de crime é a maior causa de morte e invalidez na faixa dos 16 aos 44 anos. Outro dado é ainda mais alarmante. De acordo com o IBGE, 11 mulheres são assassinadas por dia e a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil.
Fonte: Aline Vargas – CTB-RS