Após 20 dias de paralisação, os metroviários das cinco capitais brasileiras agendaram uma reunião de conciliação através dos sindicatos com a direção da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O encontro será promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta terça-feira (5), em Brasília.
A paralisação permanece nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A expectativa é que a reunião apresente uma solução definitiva para o impasse.
A CBTU obedece a determinação do governo federal de não oferecer nenhum índice de reajuste salarial, por enquanto, os metroviários seguem parados. Eles denunciam a política de congelamento salarial e reivindicam ao menos a reposição inflacionária do último período, de 5,13%. Já sobre a operação do sistema, continua garantindo por meio de determinação judicial o atendimento mínimo, dos serviços à população, nos horários de maior movimento.
Segundo a presidente presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Alda Lúcia Fernandes dos Santos, se não houver negociação até esse dia, os trabalhadores podem parar totalmente à partir de 0h de quarta-feira. Em BH os trens estão rodando de 5h20 às 8h30 e de 17h às 19h30 de segunda-feira a sexta-feira. No sábado, o metrô funciona apenas de 5h30 e 9h e as composições não circulam domingo.
Os metroviários reivindicam reajuste salarial de 5,74%, participação nos lucros e resultados, adicional noturno de 50%, além de plano de saúde. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) não apresentou índice de aumento salarial, o que indignou os funcionários.
A presidente informou que os trabalhadores esperam ansiosamente uma proposta da empresa. Segundo ela, o governo federal sinalizou para a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb), do Sul do país, que pode haver uma proposta de 3,67% de aumento. Diante desse precedente os grevistas mineiros vão aumentar a pressão. “Se a empresa de Porto Alegre conseguiu, porque a CBTU não consegue?”, questiona a sindicalista.
Portal CTB com agências