A CTB participou na última segunda-feira (28), em Salvador, de uma assembleia conjunta de entidades representantes dos médicos, que discutiu a Medida Provisória 568/12, que reduz em 50% os vencimentos de médicos e veterinários lotados no Executivo Federal, além de diminuir também os adicionais de periculosidade e insalubridade da classe.
Os mais de 100 médicos que compareceram ao evento decidiram suspender o trabalho nos dias 5 e 6 de junho, em mobilização que será nacional.
A medida que está em tramitação na Câmara dos Deputados estabelece uma jornada de 20 horas e proposição da adoção de uma tabela de 40 horas com os mesmos valores da tabela de 20 horas hoje em vigor, transformando metade dos salários em vantagem pessoal.
De acordo com o dirigente da Assufba Sindicato, Paulo César Vaz, que representa médicos e veterinários lotados nos hospitais universitários, “o governo quer, de maneira disfarçada, fazer uma redução de salário, o que a própria lei não permite”.
O presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães, afirmou que os médicos baianos devem aderir ao ato que ocupará, em protesto, o Congresso Nacional, nos dias 5 e 6 de junho.
Ele não descarta também a possibilidade de deflagração de greve. “Existe um índice muito alto de indignação e a indignação pode levar a uma radicalização, como uma greve, uma paralisação, inclusive de setores prioritários. O processo vai depender de como o Congresso Nacional vai reagir”, explicou. O dirigente sindical lembrou ainda que o objetivo não é eliminar completamente a MP, mas retirar da redação os aspectos danosos aos médicos que, inclusive, são inconstitucionais.
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Fonte: Blog do Renato Jorge