A Colômbia assistiu, entre o último sábado (21) e esta segunda-feira (23), a centenas de entidades progressistas, como movimentos sociais, organizações populares, de estudantes, de trabalhadores e ativistas pela paz se reunirem na chamada Marcha Patriótica pela Segunda e Definitiva Independência do país.
Trata-se de um movimento político que vem sendo discutido há anos, em diversos fóruns por toda a América Latina, com o propósito de criar uma organização eminentemente política, social e democrática, comprometida com a defesa da causa popular e das reivindicações dos setores menos favorecidos da sociedade. Mais do que isso: um movimento que dinamize a variedade de formas de organização e mobilizações existentes em qualquer região da Colômbia, que cresça e se fortaleça, até se converter em uma verdadeira alternativa de transformação democrática para todo o povo colombiano.
No sábado, com a presença de cerca de 4800 delegados, de mais de mil organizações sociais, a cidade de Bogotá viu o surgimento de um novo movimento político no país, cuja política foi debatida e apresentada à sociedade, reunida em novo pontos considerados fundamentais:
1. Solução política do conflito social e armado
2. Democratização da sociedade, do Estado e do modelo econômico
3. Modo alternativo de vida e de produção e novas formas de poder e economia
4. Garantia efetiva e materialização dos direitos humanos integrais
5. Dignificação e humanização do trabalho
6. Reparação integral às vítimas da violência estatal e paramilitar
7. Organização democrática do território e reformas agrária e urbana integrais
8. Cultura para a solidariedade e a transformação da ordem social
9. Integração latino-americana, internacionalismo e continuidade das lutas pela independência.
“A Marcha Patriótica se inscreve dentro das trajetórias de rebeldia e de gestas emancipadoras e independentistas do povo colombiano e dos povos de Nossa América e, dentro das experiências de construção de projetos de sociedade alternativos ao capitalismo”, diz um dos documentos distribuídos pelos organizadores. A Marcha ainda reivindica “as lutas de todos os homens e mulheres que, através de nossa história, em campos e cidades têm oferendado sua vida pela libertação e a independência de nosso povo” e “faz seu o ideário do Libertador Simón Bolívar e de todos os pensadores de Nossa América que têm contribuído a conceber a Pátria Grande, digna e soberana, assumindo um compromisso ético e político pela definitiva independência”, conclui o texto.
Com informações da Anncol-Brasil