Professores da rede municipal de educação de São Paulo, realizaram uma grande assembleia no centro da capital paulista, na tarde da última terça-feira (10), que encerrou a paralisação iniciada no dia 02 de abril.
Durante a assembleia, convocada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), os sindicalistas avaliaram os avanços obtidos e defenderam o fiim do movimento paredista (veja as principais conquistas ao fim da matéria).
Com a garantia dos dias parados, a apresentação das demais propostas e a constatação de que houve queda acentuada de adesão ao movimento, a maioria dos profissionais de educação presentes decidiu não rejeitar as propostas apresentadas pelo governo e manter a negociação com a administração municipal.
A professora Terezinha Chippin, dirigente da CTB e diretora de base do Sinpeem, foi das defensora do fim da paralisação. “Avançamos batsante em nossa pauta. Estamos dando uma passo de cada vez. E ao final dessa mobilização vemos que avançamos consideravelmente. Foi uma vitória. Ainda mais com a negociação dos dias parados, que não serão descontados”, declarou.
Violência e ameaças
Um tumulto ocorrido no final da assembleia, marcou de forma negativa a atidade. Para a sindicalista o tumulto foi motivado por grupos inflitrados, que insatisfeitos com o encaminhamento das negociações, começarama insuflar alguns participantes. Ainda assustada, Terezinha relatou a pressão e o pavor do momento.
“Grupos infiltrados entre os profissionais de educação, que certamente não pertencem à categoria, reagiram com violência atirando garrafas, paus e ovos. Chegaram até a jogar amônia e alcool no caminhão, ameaçando botar fogo com todos dentro. Um terror”, descreveu a professora. A violência dos manifestantes precisou ser contida pela policia militar.
Em nota, o Sinpeem destacou que não aceitará este tipo de atitude e não se intimidará ou se curvará a estes baderneiros que não pertencem à categoria e que, portanto, não podem ditar regras para uma entidade, que sempre defendeu, defende e defenderá a democracia e os interesses dos profissionais de educação. “A agressão aos manifestantes favoráveis à suspensão da greve foi típica de grupos intolerantes, que não aceitam a democracia, infiltrados no movimento. São grupos minoritários que acreditam que podem impor suas ideias e métodos através da violência”, afirma a nota.
Confira os principais pontos da proposta apresentada e aprovada em assembleia:
1. regulamentação da aposentadoria especial do magistério para docentes e gestores readaptados;
2. criação de 360 cargos de assistentes de diretor para os Centros de Educação Infantil (CEIs);
3. pagamento para os auxiliares técnicos de educação (ATEs), pelo grau do próprio servidor, quando em substituição aos secretários de escola;
4. antecipação, em junho da primeira parcela do Prêmio de Desempenho Educacional, nos seguintes valores: R$ 1.200,00 para Jeif, J-30 e J-40; R$ R$ 900,00 para Jornada Básica do Docente (JBD); e R$ 600,00 para a Jornada Básica (JB);
5. criação de duasreferências para a carreira do magistério;
6. abono complementar para os comissionados do quadro de apoio;
7. pagamento dos dias parados, com o compromisso de reposição.
Portal CTB