Mais de 3 mil servidores e professores de Curitiba, Paraná, saíram em passeata, na última quarta-feira (14), pelas ruas do centro da cidade em direção ao Executivo Municipal, no Centro Cívico.
Os professores decidiram em assembleia, realizada no dia 08 de março, entrar em greve pela implantação de um piso salarial de R$ 1.800 para jornadas de 20 horas semanais e o cumprimento da lei nacional do piso dos professores, que determina que um terço da jornada dos docentes seja fora da sala de aula.
“Hoje não temos piso em Curitiba, temos um salário inicial de R$ 1.199 para jornadas de 20 horas semanais e apenas 20% do tempo dessa jornada são destinados às atividades extraclasse”, afirma Silmara Carvalho, diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac).
De acordo com estimativas do sindicato, no primeiro dia de greve, a paralisação chegou a cerca de 80% das escolas. Segundo informações da prefeitura, das 180 escolas, 90 foram afetadas pela greve.
A principal reivindicação da categoria é reajuste salarial. Eles cobram aumento dos pisos salariais dos diferentes níveis de escolaridade: para R$ 1,5 mil para nível básico, R$ 2,5 mil para médio, R$ 3 mil para técnico e R$ 4,5 mil para nível superior, além da incorporação das remunerações variáveis.
Os professores querem que o piso salarial de R$ 1.199,64 pago pela Prefeitura a docentes com curso superior em uma jornada de 20 horas seja aumentado para R$ 1.800.
A prefeitura anunciou em 29 de fevereiro a concesão de 10% de reajuste. No caso dos professores, o piso passaria para R$ 1.319,90, mas os sindicalistas consideram o reajuste insuficiente.
Segundo a secretária municipal da Educação, Liliane Sabbag, com o reajuste de 10% e o pagamento de uma gratificação de pelo menos R$ 275 mensais do Programa de Produtividade e Qualidade (PPQ), o salário dos professores para 20 horas de trabalho chegará a R$ 1594,90. Os sindicalistas, no entanto, alegam perdas salariais acumuladas e insistem no aumento do piso para R$ 1.800.
Portal CTB com agências