Os metroviários paulistanos decidem em assembleia nesta quinta-feira (23), se promovem, ou não, uma greve geral da categoria , no dia 29/02, pelo pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PR), acordada com a Companhia do Metropolitano de São Paulo.
Usuários e metroviários sofrem diariamente com a superlotação do sistema
O acordo foi fechado entre a empresa e o Sindicato dos Metroviários na última Campanha Salarial, no entanto, o Metrô insiste em reduzir em média em 7% o valor, com a alegação de que as metas estabelecidas para o pagamento não foram atingidas na sua integralidade.
Os sindicalistas contestam a afirmação, esclarecendo que as metas citadas se referem à pequisa de satisfação dos usuários, que reclamam, com razão, da superlotação do sistema, do preço da tarifa (que sofrerá novo reajuste no domingo) e da pequena quantidade de linhas.
Para o dirigente da CTB-SP, Flávio Montesinos Godoi, a categoria não pode ser responsabilizada pelo sufoco refletido na pesquisa de satisfação dos usuários. “O trabalhador não pode ser punido por algo que não é de sua responsabilidade. Se até hoje não houve um colapso no sistema é porque os metroviários vestem a camisa. Hoje transportamos cerca de 4,5 milhões de usuários, com o mesmo quadro defasado de funcionários de anos atrás”, revelou Godoi.
Nesta quinta-feira, os metroviários participaram de uma reunião com a empresa, que terminou sem acordo. No dia 28, acontece uma nova audiência no Ministério Público e caso a empresa não apresente nenhuma proposta os metroviários prometem entrar em greve por tempo indeterminado, a partir do dia 29 deste mês.
“Agindo dessa forma, o Metrô está cometendo uma grande injustiça. Não está dando o devido valor a essa categoria que se empenha cotidianamente para tentar manter o elevado padrão de qualidade, pelo qual o sistema sempre foi reconhecido. Se há problemas, os responsáveis são o governo estadual e o Metrô, pela negligência e a histórica falta de investimento na ampliação do sistema”.
Portal CTB