A Chapa 1 – “Garra Metalúrgica”, apoiada pela CTB e encabeçada pelo metalúrgico Júlio Bonfim, venceu na última quarta-feira (07) as eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, localizado no interior baiano, com 55% dos votos dos associados. Formada por integrantes da CTB e da CSP-Conlutas, a Chapa 1 obteve nas urnas 1.561 votos, contra os 1.255 da Chapa 2. Ao todo, foram 2.876 votantes.
Para os sindicalistas, o processo eleitoral para a gestão será 2012/2015 , realizado entre segunda e terça, demostrou que a maioria dos trabalhadores acredita na manutenção do projeto vitorioso que está em curso na entidade.
É o que destaca o presidente reeleito da entidade. “A chapa 1 mostrou nos últimos três anos sua forma de condução. Conquistamos melhores condições de trabalho, redução na jornada de trabalho, PRL Participação nos Resultados e Lucros) igual para todos. Cabe ressaltar que só no setor de autopeças são mais de 5 mil trabalhadores. Só na Ford são mais de 3 mil e todos recebem a mesma PRL. E isso foi uma vitoria para os trabalhadores do setor automotivo como um todo. O acordo fechado no ano passado foi uma dos melhores do Brasil, com R$ 11 mil de PRL e R$ 3,3 mil de bônus, 180 dias de licença-maternidade e um reajuste acima de 10% (INPC do período e 3% de aumento real).
Bonfim destacou que a expectativa para 2012 é continuar a luta pelo avanço nos direitos dos trabalhadores da região. “Nós reafirmamos nosso compromisso com os trabalhadores, de manter e ampliar o processo de lutas e conquistas, seja no campo econômico, seja em relação às condições de trabalho. E claro, um grande avanço na área do lazer e entretenimento. Entre os projetos para 2012 estão a conclusão das obras do Clube de Lazer e a próxima Campanha Salarial, que incluí a discussão de um novo Plano de Cargos e Salários. Não vamos parar com esse PCS, queremos que o trabalhador continue evoluindo e ganhando sempre melhor. Valorizando seu trabalho”, afirmou Bonfim.
Outra luta para o próximo ano diz respeito, ainda segundo Bonfim, à contratação de mulheres para o setor. “Essa vai ser uma das reivindicações. O número de mulheres na fábrica, acordado com o governo, é de aproximadamente 40% de mão de obra feminina e os outro 60% de mão de obra masculina o que não é cumprido pelas empresas do Complexo Ford. Iremos mobilizar, cobrar da empresa e do governo que se cumpra o acordo. Todos nós sabemos que a mão de obra feminina tem caracteristicas e habilidades diferenciadas onde existe sim espaço para todos”, destacou o digente.
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