A Anistia Internacional (AI) divulgou no começo de janeiro seu relatório anual, no qual classificou o caso dos 5 Cubanos como “julgamento injusto”. Entre todos os julgamentos realizados em território norte-americano durante 2011, esse é o único que mereceu ser tachado dessa maneira.
“Em junho, uma nova apelação foi apresentada no caso de Gerardo Hernández, um dos 5 cubanos achados culpados, em 2001, de agirem como agentes da inteligência de Cuba e de outros cargos. A apelação foi baseada, em parte, em evidências de que o governo dos Estados Unidos havia pago de forma secreta a jornalistas, para que escrevessem artigos prejudiciais na mídia, na hora do julgamento, espezinhando, dessa forma, o direito dos acusados a um devido processo”, assinala o relatório.
Em outubro de 2010, a AI enviou um informe ao procurador-geral dos EUA, pedindo a revisão do caso e expressando suas “dúvidas sobre a força da evidência para sustentar a sentença de conspiração para cometer homicídio” que pairou sobre Gerardo Hernández, e o acesso limitado dos 5 “a seus advogados e aos documentos”.
Além disso, a organização criticou também as repetidas recusas aos pedidos de visto temporário para as esposas de Gerardo e René poder visitá-los na prisão. “Semelhante bloqueio permanente das visitas de suas esposas” pode ser considerado como uma “punição adicional e é contrário aos padrões internacionais para o tratamento humano dos prisioneiros”, disse a AI.
Campanha pela libertação
Desde a realização do 4º Encontro Sindical Nossa América (ESNA), realizado em agosto de 2011, a CTB está ao lado de dezenas de organizações sindicais de todo o continente recolhendo assinaturas para pressionar o governo norte-americanos a libertar os 5 Heróis.
João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacional da CTB e vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), recorda que as entidades sindicais ainda não encerraram o processo de recebimento das assinaturas. “Iremos reforçar a necessidade de conseguir mais adesões durante o Fórum Social Temático”, comentou o dirigente referindo-se às atividades marcadas para o final de janeiro, em Porto Alegre.
É importante que todas os sindicatos e federações filiados à CTB imprimam os abaixo-assinados pela libertação dos 5 Cubanos e os enviem para a Direção Nacional o quanto antes. “Enquanto classistas, é nossa obrigação lutar por aqueles que foram presos unicamente por lutar contra o imperialismo norte-americano”, sustentou Batista.
Para fazer o download do abaixo-assinado, clique aqui.
Com informações do “Pátria Latina”