Os alunos da rede estadual do Ceará aderiram na tarde da última segunda-feira (04) ao prostesto promovido por cerca de 3.000 professores de Fortaleza, em greve há 60 dias. Os manifestantes saíram da Assembleia Legislativa e caminharam em direção ao Palácio da Abolição, sede do governo estadual.
Além de estudantes, docentes da rede municipal, universitários e militantes partidários e sindicais também aderiram ao protesto, que foi acompanhado pelo Batalhão de Choque, mas transcorreu sem incidentes.
Os manifestantes pedem que o governador Cid Gomesnão sancione o projeto de lei que altera o plano de cargos, carreiras e salários da categoria, aprovado pelos deputados durante tumultuada sessão na última quinta-feira (29). Na ocasião, policiais do Batalhão de Choque entraram em confronto com os professores, deixando dois feridos e quatro detidos.
Para o presidente do Sindicato dos Professores, Anízio Melo, a greve ganhou mais “fôlego” após o episódio. Segundo ele, os professores não estão satisfeitos com a aprovação do projeto, que é voltado para os profissionais de nível médio e exclui graduados e pós-graduados.
Para o professor de química Wilson Bezerra, 49, o governo não assumiu postura conciliadora e levou a greve a “extremos”. “Tem que destrancar as portas”, disse.
O aluno do terceiro ano do ensino médio João Paulo Cavalcante, 17, que foi ao protesto com cinco colegas, disse que os professores merecem salários melhores. “Estamos aqui para apoiá-los porque é uma luta nossa também”, disse.
Com informações das agências