Professores estaduais de Minas suspendem greve

Professores estaduais de Minas Gerais, em greve há 112 dias, a maior da história do Estado, votaram em assembleia, no começo da noite desta terça-feira (28), pelo fim da paralisação. A medida foi decidida após negociação com o governo estadual. Durante a tarde docentes tomaram a Assembleia Legislativa, na região centro-sul de Belo Horizonte. Dois professores em greve de fome desde o último dia 19 estavam alojados dentro do prédio e tomavam banhos de dois em dois dias graças a seguranças que forneceram chuveiros.

A greve de fome foi interrompida no começo da noite, após abertura de negociação do sindicato da categoria com o governo. O Estado apresentou a proposta de suspender projeto de lei em tramitação na Assembleia, que segundo a categoria é insatisfatório. De acordo com informações da secretaria estadual de educação, menos de 5% dos professores estavam de braços cruzados nesta terça, o que representa 8.111 servidores, atingindo parcialmente 564 escolas e totalmente outras sete. O sindicato dos professores sempre alega que a adesão ao movimento era maior do que dizem os dados oficiais.

“O governo concorda com aplicação do piso na carreira, mas quer negociar por meio de uma comissão. Os impactos (para o governo) seriam até 2015”, explicou a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), Beatriz Cerqueira, a cerca de 2 mil professores na assembleia esta noite. Ela também afirmou que o governo não atendeu reivindicação de rever punições, que inclui corte de salários e o impacto da greve na progressão da carreira.

Na Assembleia Legislativa podiam ser vistas nesta terça cerca de 30 barracas no entorno da casa legislativa, onde dezenas de docentes de diversas partes do Estado acamparam. Pelo menos 120 homens da Polícia Militar (batalhão de choque, cavalaria e rondas táticas) cuidaram da segurança no local para evitar tumulto e nenhum incidente foi registrado.

Acorrentados uns aos outros, cerca de 20 professores ocuparam o plenário da Assembleia na noite de segunda (26). Eles saíram do local na noite de terça (27).A tomada do plenário ocorreu logo depois que a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia, que é mineira, negou liminar a favor do sindicato dos professores, em acordo com decisão pelo fim da greve, determinado pela justiça de Minas no último dia 16.

Com informações das agências

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