A mil dias do início da Copa de 2014, os operários das obras do Estádio Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro, mantém a greve iniciada há 15 dias e reivindicam melhores condições de trabalho, como vale-alimentação e plano de saúde. Na manhã desta sexta-feira (16), os trabalhadores se reuniram em assembleia em frente a um dos portões do estádio e depois seguiram para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no centro do Rio, onde farão uma manifestação. O TRT vai julgar nesta tarde a legalidade da segunda greve dos funcionários do Consórcio Maracanã Rio 2014, em sessão conciliadora. A primeira paralisação ocorreu em agosto e durou três dias.
A sessão, no entanto, pode não acontecer, porque, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada intermunicipal (Sitraicp), Nilson Duarte, até ontem (15) à tarde, o processo não estava disponível para apreciação dos advogados do sindicato.
“O processo ainda estava preso à relatora. Quando ocorre esse fato, não poderiam ter notificado o sindicato antes de o processo estar liberado. Com isso, entramos com uma petição para o adiamento da audiência para que tenhamos conhecimento do resultado do parecer do Ministério Público”, afirmou.
Duarte também voltou a afirmar que os dias parados não vão afetar a conclusão das obras, já que o calendário está avançado e que o desejo do sindicato e dos trabalhadores é de que a greve tenha fim o mais rápido possível. As obras de reforma do Maracanã foram iniciadas em agosto do ano passado e estão orçadas em quase R$ 860 milhões.
Os trabalhadores voltaram a paralisar as atividades depois que o Consórcio Maracanã Rio 2014 descumpriu o acordo feito com o sindicato da categoria, que estabelecia o reajuste do valor do vale refeição e melhorias na segurança do trabalho. O consórcio informou que não vai se pronunciar.
No Mineirão greve é relâmpago
Os operários que trabalham na reforma do estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, realizaram uma pequena paralisação na última quinta-feira (15). A ‘greve relâmpago’ teve início pela manhã, mas no início da tarde os trabalhadores já haviam retomado suas atividades.
O consórcio de empreiteiras responsável pela reforma no estádio que será utilizado na Copa do Mundo de 2014 informou que a greve foi convocada por um sindicato que não representa os trabalhadores, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte.
A rápida paralisação ocorreu um dia antes da ‘Festa dos Mil Dias’, evento que marca a contagem regressiva de mil dias para o início da Copa do Mundo no Brasil.
Entre as reivindicações dos operários no Mineirão estavam aumento de salário e cesta básica e inclusão de suas famílias nos planos de saúde. O estádio de Belo Horizonte é um dos escolhidos para o Mundial que tem suas obras em estágio mais avançado.
Com informações das agências