Trabalhadores da construção civil do Pará decidem manter greve

Belém deve se preparar para mais um dia de manifestações por parte dos trabalhadores da construção civil, que se encontraram em greve desde a última segunda-feira (05). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sticmb), Ailson Braga, promete manter os protestos e o não cumprimento da liminar em ação de interdito proibitório, concedida pela juíza federal do Trabalho Maria Edilene de Oliveira Franco.

Ailson Braga garantiu que o movimento grevista vai continuar até que seja aberta uma nova linha de diálogo com a classe patronal, no caso, representantes das empresas ligadas ao Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon-PA). Os trabalhadores reivindicam 20% de reajuste salarial, plano de saúde e participação nos lucros e resultados das empresas, além de R$ 150,00 de cesta básica e reserva técnica de 10% das vagas nos canteiros de obras para mulheres.

Ailson informou que não há nenhuma reunião prevista entre os representantes das duas categorias para se tentar chegar a um acordo. Em nota divulgada na noite de terça-feira, o Sinduscon informou que as negociações permanecerão paradas enquanto os trabalhadores mantiverem a greve.

Ailson criticou também a decisão da juíza federal do Trabalho Maria Edilene de Oliveira Franco. “A concessão da liminar ficou comprovada como uma medida antissindical. A Justiça está do lado do patrão e não do trabalhador. Tem trabalhador morrendo nos canteiros e isso a Justiça não vê”. Ele afirmou que as manifestações vão continuar pelo dia de hoje, mas com a concentração nos canteiros de obras localizados na rodovia Augusto Montenegro.

Fonte: Diário do Pará

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