Professores de Honduras declaram calamidade doméstica e entram em greve

A Federação de Organizações Magisteriais de Honduras (FOMH) anunciou que realizará diferentes ações em protesto ao cancelamento do salário de mais de dez mil docentes a nível nacional.

Neste sentido, foi instruído que os educadores de planilha normal que não cobraram seu salário em todo o país, fazer uso da figura de calamidade doméstica, que o Estatuto de Docentes lhes faculta, declarando-se em reuniões de conselhos de professores de cada centro educativo, levantar a respectiva ata e enviar-la a cada organização a qual pertence.

“Mais de 10 mil professores não receberam um quinto do seu salário, é um caos total, uma calamidade para todos os professores em diferentes cidades”, denunciou o dirigente magisterial, Edgar Casaña, quem anunciou que por esta razão a classe se declara em “calamidade doméstica”.

Casaña fez um chamado ao grêmio de professores para que informem a situação aos pais de família de cada escola, colégio e centros de ensino em zonas rurais a fim de que compreendam o porque dos protestos e mobilizações anunciadas semana passada pela FOMH.

Nesta quarta-feira acontecerão manifestações nas ruas em protesto contra as autoridade da Secretaria de Finanças, Tribunal Superior de Contas (TSC), Secretaria de Educação e contra o próprio presidente, Porfirio Lobo, segundo anunciou o dirigente.

Da mesma maneira o presidente da seccional 1ª de PRICPHMA, Yuri Hernández, explicou que a cada dia 20 do mês era creditado o pagamento nas instituições bancarias, “mas até sábado passado centenas de colegas na escala escolares, pré-básico, básico e médio nas cidades de Santa Bárbara, Copán, Intibucá, La Paz, Choluteca, Olancho, Valle entre outras denunciaram não haver recebido pagamento”, manifestou.

Apesar do anterior, segundo Casaña, aos professores que lhes foi garantido o salário, fizeram excessivas reduções, sem explicações. “Ainda assim iremos às mesas de debates, mas nunca abandonaremos nosso caráter reivindicador e sabemos que o caminho são os protestos nas ruas onde exigiremos ao presidente do regime, Lobo Sosa, que ordene a seu governo e funcionários que sejam responsáveis”.

Segundo Yuri Hernández, “existem pessoas com 43 anos de serviço que foram excluídas do Sistema de Administração Financeira Integrada (SIAFI) chegando a ter mais de 11 mil docentes com irregularidades no pagamento.

Além do atraso nos pagamentos dos salários, o grêmio de professores exige que devolvam as instalações do Instituto Nacional de Previsão dos professores (INPREMA), demandam a saída da comissão interventora da entidade, a criação de novas praças e a anulação do projeto de emergência emitido pelo Poder Executivo.

Fonte: Rede Morazánica de Informação

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