Metalúrgicos do Rio aprovam pauta da campanha salarial

Aumento salarial de 13%. Esse foi o índice aprovado pelos metalúrgicos do Rio de Janeiro na assembleia realizada no dia 21 de julho na sede do Sindicato. O valor, construído pelo Sindimetal em conjunto com o Dieese, busca garantir um aumento real para os trabalhadores e é baseado no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país nos dois últimos anos, que foi de 13%. Veja no final os principais pontos da pauta de reivindicações para o G19, Sinaval e Sindirepa, aprovada por unanimidade.

Segundo o presidente do Sindicato, Alex Santos, para esta campanha salarial “será necessário uma intervenção ainda mais acirrada, com muitas paralisações e fazendo com que cada trabalhador entenda seu papel na construção de um bom acordo. É preciso conversar nas fábricas com os trabalhadores e contar com o espírito que tem norteado as últimas campanhas: a nossa unidade”.

Para o secretário-geral, Jorge Gonçalves, “o Sindicato vai buscar a unidade para que a gente faça o melhor acordo para a categoria. A nossa marca vai ser de muita luta e de muito suor para que possamos avançar nas conquistas”.

Já Luís Oliveira, da Comissão de Fábrica do EISA, salientou que “a campanha se dará em uma conjuntura complicada, mas é preciso ter o compromisso na mobilização, divulgando a campanha em cada fábrica. O sucesso dessa campanha depende da participação de cada um”.

O presidente da CTB-RJ e diretor do Sindicato, Maurício Ramos, também destacou a “importância da unidade dos trabalhadores, fortalecendo as ações nas bases para conquistar melhores salários e condições de vida”. Maurício ainda criticou o recente aumento de juros feito pelo Copom (Comitê de Política Monetária), que, segundo ele, prejudica o desenvolvimento do país e o aumento da produção, afetando diretamente a geração de emprego e renda.

Principais pontos da pauta de reivindicações:  

– 13%, a título de reposição de perdas salariais, além de aumento real.

– O piso salarial para trabalhadores ajudantes será no valor de R$ 1.100,00, equivalente a 220h/mês, ou seja, R$ 5,00 por hora.

– O piso salarial para trabalhadores profissionais será no valor de R$ 1.900,00, equivalente a 220h/mês, ou seja, R$ 8,63 por hora.

– Horas-extras: 85% sobre o valor da hora normal, quando prestada de segundas às sextas-feiras; 100% sobre o valor da hora normal, quando prestada aos sábados; 120% sobre o valor da hora normal, quando prestada em domingos ou feriados.

– O adicional de insalubridade, independentemente do porte da empresa, terá como referência piso salarial da categoria no valor de 1.100,00.

– As empresas fornecerão cópia do PCMSO e PPRA (laudo técnico-pericial) ao Sindicato da Categoria Profissional, devidamente atualizados, como determina o artigo 58 (e parágrafos) da Lei n. 8.213/91;
– As empresas se obrigam a promover programa de Participação nos Lucros e/ou Resultados, nos termos da legislação vigente, até fevereiro de 2012.

– As empresas concederão vale transporte sem ônus para o trabalhador.

– As empresas assegurarão aos empregados, após 120 dias do nascimento ou adoção de seus filhos, o valor de R$ 150,00 para cada filho, por 36 meses, a título de auxílio-creche.

– Como forma alternativa ao disposto no art. 396 da CLT, a empregada que estiver efetivamente amamentando filho de até 06 meses de idade, atendidas as recíprocas conveniências, poderá retardar em duas horas entrada no trabalho ou antecipar em duas horas a saída, durante o período de amamentação, sem prejuízo da remuneração normal da jornada.

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