Sindicalistas paraenses defendem redução de jornada em ato

Representantes estaduais das cinco centrais sindicais participaram de um ato realizado na manhã da última quinta-feira (14) na praça da República, em Belém (PA). O ato dos trabalhadores fez parte de uma programação nacional organizada pela CTB, Força Sindical, UGT e NCST pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

Na foto: CTB participa de café da manhã com trabalhadores

Com as manifestações, que ocorrem simultaneamente em várias cidades brasileiras, os sindicalistas esperam pressionar o Congresso Nacional para que seja votada uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de trabalho no Brasil.

Mais emprego e  qualidade de vida

As centrais sindicais defendem que com a redução da jornada sem prejuízo da remuneração, os trabalhadores possam ter mais tempo para qualificação e lazer, com melhoria da qualidade de vida, além de abrir precedente para que novos postos de trabalho sejam criados.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais criaria dois milhões de novos postos de trabalho no Brasil.

De acordo com os sindicalistas, só no Pará seriam 80 mil novos empregos. No ano passado, um documento que pedia a votação imediata da PEC foi entregue, em Brasília, com 1,5 milhão de assinaturas.

Mês que vem, as centrais sindicais pretendem levar 100 mil pessoas às ruas de São Paulo (SP) para pressionar os parlamentares.

As manifestações que estão ocorrendo, agora, em vários Estados servem para mobilizar as pessoas para o grande ato, em São Paulo. A última redução de jornada de trabalho, no Brasil, ocorreu há 23 anos, quando caiu de 48 para 44 horas semanais a carga horária do trabalhador.

Fim do fator previdenciário

Além da redução de jornada, os sindicalistas se mobilizam também para pedir o fim do fator previdenciário, aplicado para calcular as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade.

Quando o trabalhador completa o tempo de serviço, que é de 40 anos para os homens e 35 para as mulheres, e opta por se aposentar mesmo sem ter a idade mínima, que é de 60 anos para as mulheres e 65 para os homens, ele perde de 30% (homens) a 40% (mulheres) de seus rendimentos.

Em Belém, os trabalhadores se concentraram na praça da República, em frente a sede do Banco da Amazônia. Durante toda a manhã, as lideranças sindicais fizeram discursos e distribuíram panfletos para chamar atenção da sociedade para a luta.

 

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