África do Sul tem mais de 200 mil trabalhadores em estado de greve

Cerca de 70 mil trabalhadores do setor de refinação e distribuição de combustíveis sul-africanos juntaram-se, na última segunda-feira (11), à greve iniciada há duas semanas por 170 mil camaradas metalúrgicos e funcionários das indústrias elétricas.

Os trabalhadores dos combustíveis reivindicam o estabelecimento do salário mínimo em 625 euros (seis mil randes) e um máximo de 40 horas de jornada semanal, enquanto que nos setores metalúrgico e elétrico a luta é por melhorias nas remunerações na ordem dos 10 aos 13%, e pela proibição das agências de trabalho temporário, as quais, acusam, fazem alastrar a precariedade.

Os patrões, por seu lado, não aceitam crescimentos salariais superiores a 7%, e o governo hesita em proibir as empresas de aluguel de mão de obra. “Esse setor da indústria é crítico para a economia. Uma greve prolongada não nos interessa”, afirmou o ministro do Trabalho, Mildred Oliphant.

Por sua vez, os trabalhadores sinalizam que não voltarão ao trabalho enquanto as empresas não derem um sinal claro de que pretendem negociar. “Não vamos interromper a greve até que os patrões façam uma oferta”, diz um documento distribuído pelo sindicato da categoria.

Algumas das companhias que atuam na África do Sul têm apostado em um cenário de terror para pressionar os trabalhadores. O porta-voz da Total South Africa chegou a dizer que a situação “está ficando desconfortável” e que a população pode entrar em pânico se ficar sem combustível.

Com informações do Avante! e do The Wall Street Journal

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