O Parlamento da Grécia deverá votar na próxima quarta-feira (29) o plano de austeridade imposto pelo mercado financeiro internacional e pela União Europeia. Diante de tal fato, a secretaria-geral do KKE (Partido Comunista), Aleka Papariga, convocou todos os militantes do Pame (Frente Militante de Todos os Trabalhadores) a não se intimidarem diante da repressão policial. Além disso, ela defende uma paralisação geral de 48 horas nas principais cidades do país.
“Agora que o povo abre os seus olhos e temem o despertar da consciência – porque também há o medo da demissão – o KKE promove mais intensamente a posição de que o povo deve tomar nas suas próprias mãos a propriedade dos meios de produção bem como os recursos naturais”, afirmou a dirigente.
“Nós consideramos que o povo grego deve dar o seu próprio ultimato. Isto é a melhor coisa que pode fazer. Não pode haver qualquer negociação radical na estrutura da UE. Também há partidos da oposição que fazem tais sugestões ao governo. Isto é ou uma chamada solução fácil ou uma posição que ignora o caráter da UE. Eu ao invés direi que isto é uma ignorância deliberada do verdadeiro caráter desta aliança predatória, como nós a chamamos, ainda que isto seja uma frase suave dada a situação atual”, defendeu Aleka.
Trâmites
O debate no Parlamento grego começou oficialmente nesta segunda-feira (27) e continuará até a manhã da quarta-feira, com a votação ocorrendo depois disso. Um debate sobre uma legislação separada para implementação das medidas deverá começar imediatamente depois e continuar até a quinta-feira. A votação sobre essa legislação está prevista para o fim da quinta-feira, mas não há um prazo estabelecido, ainda de acordo com a fonte.
Os credores internacionais da Grécia – a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – “pediram” que o país aprove o plano de austeridade, a legislação para implementação e um programa de privatização de 50 bilhões de euros antes de fornecerem mais ajuda ao país.
O governo grego estabeleceu o dia 30 de junho como prazo final para a aprovação parlamentar – pouco antes da reunião de ministros de Finanças da zona do euro, marcada para 3 de julho, que decidirá se será dada ou não à Grécia a próxima parcela da linha de crédito de 110 bilhões de euros oferecida ao país no ano passado.
Com agências
