O Brasil já conta com 10,4 milhões de lares recebendo sinal de TV por assinatura. Só no primeiro trimestre deste ano, foram 650 mil novos assinantes, de acordo com dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A alta é de 6,65% na comparação com o primeiro trimestre de 2010.
Assim como aconteceu em 2010, ano em que a base de assinantes cresceu 30,7%, o crescimento foi puxado por consumidores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Nove dos dez Estados de maior crescimento no mês de março estão nessas três regiões. A maior alta aconteceu na Bahia: 79%, atingindo 316,7 mil assinantes.
Em seguida vem o Piauí, Estado com a menor densidade de assinantes por domicílio no país (3,5 assinantes por 100 domicílios). Depois de crescer 76,3%, o Piauí encerrou o mês de março com 31 mil assinantes.
Na outra ponta, a unidade federativa com maior renda per capita, o Distrito Federal, é também a que tem a maior densidade de serviços de TV por assinatura. De cada 100 domicílios, 33,3 possuem o serviço. A densidade nacional é de 17,4 assinantes para cada 100 domicílios. Com base nos indicadores sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que contabiliza 3,3 pessoas por domicílio, a Anatel estima que a TV por assinatura alcance uma audiência de mais de 34,4 milhões de pessoas.
Esse crescimento vem sendo acompanhado pelo aumento da verba publicitária destinada ao setor.
Em 2010, de acordo com o Projeto Inter-Meios, o faturamento bruto das TVs por assinatura foi de R$ 1,011 bilhão, um aumento de 23% sobre o ano anterior (R$ 823 milhões). Isso representa 3,86% de toda a verba destinada à publicidade no país no ano passado.
Cabo x Satélite
Os números da Anatel mostram uma disputa acirrada entre prestadores de serviço que transmitem sinal via cabo ou por satélite.
Em março, os serviços via satélite cresceram 4,4%, atingindo uma participação de 48,2% do mercado. Já a TV a cabo caiu 0,8%, ficando com 49% do mercado.
Em dezembro de 2010, os prestadores de serviço via cabo lideravam com uma folga maior: tinham 51% de participação, ante 45,8% dos serviços via satélite.
Fonte: Folha de S.Paulo