No último domingo, 1º de maio, data em que se comemora o dia do trabalhador, cubanos foram às ruas para desfilar e ratificar frente ao mundo a unidade de sua população em torno do projeto social do país. João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB e vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), esteve presente ao 1º de Maio cubano. representando as duas entidades.
Celebrado na companhia do presidente da ilha, Raul Castro, cubanos aproveitam festividades para declarar apoio ao socialismo. “Nós, cubanos, desfilamos hoje nas ruas e praças do país para ratificar que o socialismo é nossa opção”, afirmou aqui o secretário geral da Central de Trabalhadores da ilha, Salvador Valdés.
Durante a abertura da marcha na capital, encabeçada pelo primeiro vice-presidente José Ramón Machado Ventura, o dirigente operário agregou que o socialismo da ilha será atualizado e aperfeiçoado com as resoluções aprovadas no 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba.
O movimento sindical manifestou apoio aos acordos do encontro partidário e às diretrizes da política econômica e social da Revolução, cuja discussão foi respaldada por contribuições de trabalhadores cubanos.
O desfile significou ainda uma homenagem aos que fizeram possível a comemoração dos 50º aniversário da proclamação do caráter socialista da Revolução e da derrota da invasão organizada pelos Estados Unidos a Praia Girón.
“Faz 50 anos exatamente celebramos aquele 1º de Maio em defesa do socialismo, e pela primeira vez, cubanas e cubanos, já sabiam ler e escrever, depois do grande esforço que constituiu a Campanha de Alfabetização”, acrescentou Valdés.
Valdés lembrou ainda que graças a isso, os trabalhadores e o movimento sindical não são “simples observadores das mudanças, e sim participantes ativos”. “Sabemos possuímos um papel de protagonistas na atualização do modelo econômico e no aperfeiçoamento de nossa sociedade, para que seja mais eficiente e produtiva e para que possamos satisfazer mais e melhor as necessidades de todo nosso povo”, explicou.
Para isso, enfatizou a necessidade de situar em primeiro plano o trabalho, a poupança, a disciplina, a ordem e a exigência, como única maneira de superar deficiências e erros. “Faremos com unidade que é e seguirá sendo a arma mais estratégica da Revolução, uma unidade que não nega diferença de opiniões”.
Valdés acrescentou que a expressão dessa diversidade é a sindicalização de dezenas de milhares de trabalhadores não estatais, quem compartilham junto com os demais setores trabalhistas o 1º de Maio.
Durante os desfiles, trabalhadores fizeram manifestações em homenagem aos cinco cubanos antiterroristas presos nos Estados Unidos desde 1998. Gerardo Hernández, René González, Ramón Labañino, Antonio Guerreiro e Fernando González cumprem condenações de até dupla pena perpétua mais 15 anos de cárcere por informar sobre planos criminosos de grupos anticubanos assentados em no estado norte-americano da Flórida.
Com informações da Agência Prensa Latina