Encerrou-se no último domingo (10) o 16º Congresso da Federação Sindical Mundial, realizado em Atenas, Grécia. Ao final dos trabalhos, o secretário-geral George Mavrikos foi reeleito por unanimidade para o cargo, assim como o presidente Muhammad Shaaban Azzouz. Também foi eleita uma nova diretoria para o próximo mandato, na qual João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, assume o cargo de vice-presidente.
No total, a nova diretoria será composta por 40 membros, sendo que destes 16 são cargos de vice-presidente. Após ser reconduzido pelos delegados de 105 países, Mavrikos afirmou ter cumprido o dever que lhe foi designado, “pois decidimos ser soldados da classe trabalhadora na luta pelo desmantelamento do regime imperialista”.
Ao falar sobre as metas para os seguintes cinco anos, Mavrikos expressou que será um período decisivo para o futuro da FSM. “Vemos os mercados repletos de bens e de riqueza para lá da própria imaginação, concentrada apenas nos bolsos de alguns, vemos a destruição das forças produtoras da riqueza e a depreciação da principal força produtiva, os trabalhadores. Vemos o acelerado crescimento do desemprego, a queda do PIB e do comércio mundial e, claro, o incessante crescimento da pobreza e da miséria para milhões de seres humanos do planeta, tanto nos países capitalistas desenvolvidos como, mais ainda, nas chamadas economias em desenvolvimento, apesar do enorme potencial científico e tecnológico que poderia assegurar uma prosperidade geral às populações”, afirmou.
Balanço
Para Wagner Gomes, presidente da CTB, durante o Congresso a FSM demonstrou na prática que a unidade da classe trabalhadora é, de fato, a melhor estratégia de luta contra os desmandos do capital. “Vimos de perto que a crise na Europa realmente é grave, mas ao mesmo tempo também testemunhamos a disposição de seu povo em não aceitar pagar uma conta criada pelas instituições financeiras”, afirmou.
O presidente da CTB também parabenizou o companheiro João Batista Lemos pelo cargo que passará a ocupar na diretoria da FSM. “Há tempos acompanhamos de perto o trabalho que vem sendo feito por ele no movimento sindical brasileiro e latino-americano. A FSM só tem a ganhar com sua presença entre os vice-presidentes”, disse Wagner Gomes.
Portal CTB