Em repúdio a acordo assinado, servidores municipais aprovam paralisação até terça-feira

Superando as ameaças e agressões físicas policiais da última sexta-feira (25), do superintendente Sósthenes Macêdo, na Usina de Asfalto, em Pirajá, na sede da Gerop e demais unidades da Sucop – Superintendência de Conservação e Obras Públicas de Salvador, os servidores da Sucop e Defesa Civil aprovaram paralisação até terça-feira, dia 29 de março, quando será realizada nova Assembléia na sede da Gerop, na Sete Portas, para avaliar a contraproposta da Prefeitura às reivindicações relativas à Operação Chuva 2011.

O Sindseps – Sindicato dos Servidores Municipais de Salvador apresentou no começo de março aos gestores municipais, pauta com as reivindicações relativas à Operação Chuva, que começa dia 1º de abril e vai até 30 de junho de 2011, solicitando melhores condições de trabalho e transporte, bem como o incremento dos valores referentes às gratificações dos plantões em 20%, relativo ao pagamento do ano passado. No entanto, um possível acordo espúrio foi assinado com servidores pelegos que fazem parte de uma associação da Sucop, dia 22 de março, com o valor de 5%, sem sequer os servidores das unidades serem ouvidos.

Repúdio e violência

A Diretoria do Sindseps repudia veementemente a atitude vulgar, irresponsável e traiçoeira dos pelegos lotados em associações desrespeitadas, que fazem parte de uma frente,  oportunistas que se dizem representantes dos servidores, sem respaldo jurídico nem político para falar e nem assinar acordos, derrotados nas urnas pelo funcionalismo municipal, que numa atitude pelega, e demonstração clara de conluio com os gestores da Sucop na tentativa de preterir politicamente o Sindicato, assinaram um acordo espúrio com o superintendente do órgão, Sósthenes Macêdo, com valores inferiores ao reivindicado pelo conjunto dos trabalhadores representados pelo Sindseps.

Segundo Jeiel Webster, coordenador geral do Sindicato, esse gestor, Sósthenes Macêdo, com atitude de feitor, na última sexta-feira, 25, acompanhado com diversos Policias Militares e paramiliatres em várias viaturas, ameaçou diretores do Sindicato na Usina de Asfalto em Pirajá, e intimidou servidores na sede da Gerop, na Sete Portas, mas a paralisação continuou no órgão. “Não vamos nos intimidar com a presença de Policias, com gestores truculentos e nem com atitudes de pelegos imorais, traidores dos trabalhadores; a mobilização com paralisação continua nesta segunda, dia 28 de março, na Usina de Asfalto em Pirajá, na Demarc, Baixa de Santo Antonio no Retiro, na Gerop na Sete Portas, e na Defesa Civil no Bonocô, e na terça-feira teremos novamente assembléia, às 7h, na Gerop, na Sete Portas.

Exigimos respeito aos servidores porque a prioridade do Sindicato sempre será a valorização do trabalho e do trabalhador do serviço público; não é possível que Salvador sofra com essa administração sem atitude, que desrespeita acordos assinados com o Sindicato, como foi na Operação Carnaval, e seja conivente com associações arranjadas, frente fabricada por pelegos, sem nenhum respaldo jurídico ou político para assinar acordos; todos ilegais e inconstitucionais, já que o artigo 8º da Constituição Federal fala que os acordos só devem ser assinados pelos Sindicatos. Veja texto da Constituição.

“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

II – é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; ….”

Estaremos nas unidades garantindo aos servidores reivindicarem remuneração justa e digna, de acordo com a responsabilidade que o serviço merece; as chuvas em anos anteriores já castigaram imensamente nossa cidade e a população. Não é possível que a Prefeitura não valorize quem garante a realização dos serviços públicos essenciais ao município e à população”, finalizou Jeiel Webster.

Fonte: Kardé Mourão

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.