UIS Transporte define seus representantes para o 16º Congresso da FSM

A direção da União Internacional de Sindicatos de Trabalhadores em Transporte (UIS Transporte), reunida no mês passado para a Conferência Internacional realizada no Chipre, definiu que seu presidente, José Manoel de Oliveira, e seu secretário-geral, Wagner Fajardo, serão os representantes da entidade no 16º Congresso da Federação Sindical Mundial (FSM), a ser realizado entre os dias 6 e 9 de abril, em Atenas (Grécia).

Fajardo, que também é membro da direção nacional da CTB e presidente da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), espera que o Congresso da FSM oriente a luta internacional dos trabalhadores, de modo a buscar uma organização mais aprimorada dos dirigentes sindicais classistas em todo o mundo. “É preciso que isso seja discutido para que a classe trabalhadora possa resistir às políticas de ataque aos seus direitos e combater a nova onda de privatizações de serviços públicos – especialmente na Europa”, afirmou.   

Na condição de secretário-geral da UIS Tranporte, Fajardo lembrou que durante a Conferência no Chipre foi aprovada uma carta para o Congresso da FSM, na qual a expectativa do fortalecimento do sindicalismo classista é ratificada. “Além disso, aprovamos também uma declaração final que convoca os trabalhadores em transporte de todo o mundo a realizar, em 26 de outubro deste ano, um dia internacional de luta”, destacou.

Nesse sentido, a UIS Transporte espera que o Congresso da FSM deve também aprovar um calendário de lutas amplo, que sinalize para todo o movimento sindical a necessidade de se contrapor à lógica regressiva imposta pelos setores que causaram a atual crise econômica. “Precisaremos deixar claro que o caminho da conciliação e de parceria com o capital, adotado atualmente por algumas organizações sindicais internacionais, não conseguirá reverter o atual cenário”, defendeu Fajardo.

Importância das UIS

Para o dirigente da CTB e da Fenametro, o Congresso em Atenas será também uma grande oportunidade para reafirmar a importância das UIS’s como instrumento orgânico da FSM.

Fajardo entende que a organização setorial – ou por ramo de atividade – na qual as diferentes UIS’s se estruturam é fundamental para a luta classista na atualidade. “Esse formato permite que as organizações sindicais de base se filiem à FSM por meio de sua filiação às UIS’s. Da mesma forma, as UIS’s se tornam um instrumento para denunciar as políticas dos governos e do empresariado, além de ser um espaço para trocar experiências sobre as lutas dos trabalhadores nos mais diferentes países”, explica.

No atual cenário de lutas do sindicalismo mundial, a filiação de uma organização sindical a alguma UIS contribui para fortalecer sua autonomia e tornar ainda mais sólida a unidade internacional classista. “Esse aspecto é fundamental. É preciso que cada UIS seja um instrumento de difusão das ideias e do crescimento da FSM, além de garantir às organizações sindicais de base um pólo de orientação classista para suas lutas”, esclarece Fajardo.

Fernando Damasceno – Portal CTB

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