Os rodoviários de Belo Horizonte e 27 municípios da Região Metropolitana continuam em estado de greve. A assembleia de domingo (20/02), rejeitou a proposta patronal de 8% de reajuste, contra os 23% reivindicados pelo Sindicato da categoria, que ainda tenta reduzir a jornada diária de 6h40 para 6h.
Segundo o coordenador político da entidade, Denilson Dorneles, as negociações não avançam porque o Sindicato das Empresas de Transporte (Setra) condiciona a possibilidade de negociar o reajuste à retirada de ações judiciais. Além da insalubridade de trabalho, os trabalhadores tentariam reverter, na Justiça, a substituição de cobradores por catracas eletrônicas. Outro ponto importante da campanha reivindicatória é o piso unificado nos 27 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Há onze dias em estado de greve, os rodoviários já promoveram duas paralisações parciais. Denilson Dorneles não descarta uma paralisação geral, que ele faz questão de destacar, é legítima. “As duas formas de paralisação são importantes para mobilizar a categoria, trazê-la para perto de nós. Quando a categoria está mobilizada, e a gente já sabe que já se esgotaram todas as possibilidades de negociação, quando já se criou um impasse, é certo fazer a greve geral”.
Fonte: CTB Minas – Verônica Pimenta