4º Congresso da UFRGS reúne trabalhadores da educação para debater rumos do setor público e da educação federal

Foto: divulgação.

Entre os dias 14 e 16 de abril, o Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, foi palco do 4º Congresso da Assufrgs – o sindicato que representa os servidores técnico-administrativos em educação da UFRGS, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).

O evento, que não era realizado desde 2015, marcou a retomada do debate sobre os rumos políticos da entidade sindical e o fortalecimento da luta coletiva por uma educação pública de qualidade, democrática e inclusiva.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve presente no congresso, sendo representada pelo secretário de serviços e servidores públicos, João Paulo Ribeiro (JP), que participou da mesa “Políticas para Educação Pública, Universidades e Institutos Federais”.

Durante sua fala, JP destacou os avanços e os desafios enfrentados pela educação pública no Brasil nas últimas décadas. Ele relembrou que, apesar do crescimento significativo das políticas públicas educacionais nos últimos 25 anos, ainda há muitos entraves que precisam ser superados.

“A última universidade criada por um governo que não era do campo progressista foi a Univasp, em Pernambuco, em 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Depois disso, todas as novas instituições vieram dos governos Lula e Dilma, como a Universidade do Norte do Tocantins, em 2019. Isso ampliou a inclusão social de forma significativa”, afirmou JP.

Apesar dos avanços, o dirigente alertou para a vulnerabilidade das políticas educacionais frente a governos com agendas neoliberais e entreguistas.

“Tem problema? Claro que tem. Falta verba, há cortes constantes e o sistema todo fica vulnerável. Um exemplo claro foi o último governo, que quase fechou as universidades públicas. Por isso, precisamos construir unidade e transformar essas políticas em permanentes”, destacou.

Outro ponto levantado por JP foi a crescente expansão do Ensino a Distância (EAD), que hoje representa cerca de 50% das matrículas no ensino superior. Ele defendeu maior regulação e qualificação desse modelo para garantir qualidade e inclusão.

“Temos mais de 10 milhões de estudantes, metade deles no EAD. Precisamos regular isso com seriedade. A construção de uma educação igualitária e inclusiva é urgente, e a CTB está comprometida com essa luta junto com todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação”, concluiu.

O congresso reafirmou a importância da mobilização sindical na defesa dos direitos dos servidores públicos e da educação como um bem público essencial ao desenvolvimento do país.

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