Reajuste de tarifa do metrô paulista deve ficar acima da inflação

Menos de dois meses após o aumento da tarifa do ônibus, que passou de R$ 2,70 para R$ 3, em fevereiro é a vez do Metrô, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)  terem seu bilhete reajustado. O valor deve superar a inflação.

As tarifas do Metrô, da CPTM e dos ônibus  da EMTU vão subir para R$ 2,90 a partir da zero hora de domingo, dia 13. O reajuste, de 9,43%, é superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, que ficou em 6,20%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor, da Fipe, aplicado nas tarifas públicas. Atualmente as passagens unitárias custam R$ 2,65.

Na segunda-feira, o secretário Estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, havia dito que o porcentual em estudo estava em torno de 7,6%, o que daria uma tarifa de R$ 2,85. Mas mesmo com o aumento acima do previsto, pelo segundo ano as tarifas ficam abaixo dos valores dos ônibus municipais – em janeiro, a passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 3.

“Dor” no bolso do paulistano

A passagem da Linha 5-Lilás (Capão Redondo-Largo 13), mais curta e com menos estações, passará a custar R$ 2,80. Os bilhetes com desconto também terão seus valores alterados (veja quadro ao lado). As transferências entre Metrô e CPTM continuam gratuitas na Barra Funda, Luz, Brás e Santo Amaro.

Já o bilhete único e o vale-transporte serão reajustados de R$ 4,29 para R$ 4,49. Quem quiser economizar pode fazer a recarga do bilhete único até sábado. O valor máximo é R$ 100. Enquanto houver crédito, a tarifa cobrada na catraca será a antiga, de R$ 2,65.

A determinação de que o preço dos bilhetes do metrô e da CPTM fique abaixo dos R$ 3 teria partido do próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), preocupado com o possível desgaste político do reajuste. Desde que autorizou a elevação da tarifa de ônibus, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) enfrenta protestos.

O adeus ao cartão fidelidade

Outra novidade é a possível extinção do Cartão Fidelidade do metrô, alertou o secretário. Segundo ele, apenas 2,5% dos usuários possuem esse tipo de cartão. O Cartão Fidelidade pode ser carregado com oito, 20 ou 50 viagens. Quanto maior o número de viagens, maior o desconto.

Caso esse cartão seja extinto, explica o secretário, os descontos seriam aplicados ao Bilhete Único, que não dá nenhum incentivo para a compra de um número maior de viagens.

Base de cálculo

Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a atualização realizada do reaujuste das tarifas (realizado anualmente) leva em consideração o equilíbrio econômico-financeiro do Metrô, que não recebe subsídios do governo.

Com informações das agências

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