Impulsionados pelo lema “a UPR não se rende”, os estudantes em greve na Universidade de Porto Rico (UPR) estão convocando a comunidade universitária a se manifestar nesta próxima segunda-feira (7) num ato chamado “Entra y Sai Pa’fuera”.
A ideia do Comitê de Representação Estudantil (CRE) é que todos (as), vestidos de preto, se reúnam às 11h para começar uma grande manifestação e assim, mostrarem toda sua indignação diante o que está acontecendo na instituição.
Os estudantes entraram em greve para protestar contra a nova taxa de matrícula imposta pelo governo no valor de 800 dólares. Antes, os alunos pagavam 49 dólares por matéria na Universidade. Desde que começaram a greve, sofrem represálias por parte da polícia. Jornalistas que noticiam os fatos também estão sendo agredidos.
O objetivo do ato é reunir o maior número possível de participantes para criticar as políticas que estão sendo impostas pelo governo contra a universidade pública. “A cada um de nós nos sobram as razões para estar indignados com o que está acontecendo na Universidade. É o momento de nos reencontrarmos como comunidade universitária e decidir que mais vamos fazer”, disse Alicia Petru Gerena, porta-voz do CRE.
“Estudante, se ficaste fora da UPR por culpa da cota (…), se te suspenderam sumariamente por defender o direito à educação (…); entra ao recinto em 7 de fevereiro para gritar a viva voz ‘não me rendo'”, convidam os grevistas. O mesmo apelo é feito aos professores: “professor (a), se decidiu não dar aulas em um ambiente de repressão (…), entra ao recinto em 7 de fevereiro para gritar a viva voz ‘não me rendo'”.
Os estudantes reclamam do descaso de algumas autoridades da academia, que aceitam a nova medida e não apoiam os alunos. “O presidente da UPR, José Ramón de la Torre, só é capaz de abrir a boca para anunciar cortes e criminalizar estudantes. Essas vozes não representam o sentir da comunidade universitária”, desabafam.
A manifestação será um momento também para compartilhar ideias e propostas. A expectativa é a de que “neste dia, independentemente de nossas diferenças, possamos dizer, gritar, cantar, quantas vezes seja necessário: “A UPR não se rende!”.
Fonte: Agência Adital
