Como 80% dos bancários chegaram a ter, ao menos, um problema de saúde relacionado ao trabalho e quase metade estava em acompanhamento psicológico em 2023, debater a saúde da categoria sempre é uma das prioridades. A rotina recheada de cobrança, assédios moral e sexual colabora para o adoecimento físico e mental de quem trabalha no banco.
Uma das provas é a parcela dos bancários em tratamento, 91,5% utilizam medicações prescritas pelo psiquiatra. O percentual cai para 64,4% entre os que estão em acompanhamento de outras doenças.
O assunto foi alvo de reunião virtual nesta quinta-feira (20/02) do Coletivo Nacional de Saúde. Mesa temática bipartite, assédios moral, sexual e outras violências no trabalho, projeto piloto Itaú-Unibanco, Conferências de Saúde do Trabalhador e a Livre de Saúde do Trabalhador, dentre outros temas foram abordados na ocasião.
Outra consequência da pressão que os bancários são submetidos diariamente é fato de a categoria ser uma das mais atingidas pelo adoecimento mental. O índice de afastamentos nos bancos aumentou 26,2% nos últimos cinco anos. O percentual entre outros trabalhadores foi de 15,4%.
O diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários da Bahia, Célio Pereira, também destacou as dificuldades que estão ocorrendo junto ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Ainda reforçou a importância do cumprimento das cláusulas, principalmente as que contemplam os pontos relacionados à licença médica dos funcionários.
Informações: Bancários da Bahia.