No dia 7 de agosto, os trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado, após rejeitarem uma proposta da empresa que não atendeu às suas exigências. As principais afirmações incluíam um reajuste salarial imediato , redução no custo do plano de saúde, e a realização de concursos públicos para suprir a necessidade de pessoal. A assembleia realizada nesse dia declarou uma forte adesão à categoria, com muitos trabalhadores se reunindo na quadra da Escola de Samba Unidos do Peruche para reafirmar sua disposição de luta.
Durante a greve, os trabalhadores manifestaram o seu descontentamento com o impasse nas negociações, que evidenciaram o descaso da direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em resolver as questões levantadas. A falta de propostas satisfatórias após 14 reuniões levou à intensificação das mobilizações, incluindo piquetes e atos regionais.
Em 23 de agosto, uma mediação realizada pela Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) resultou no encerramento da greve. A proposta final incluiu o pagamento integral dos dias parados e um adiantamento de R$ 1.000,00 como parte do “vale-peru”, além da criação de um grupo de trabalho para estudar alterações no plano de saúde. O acordo coletivo firmado trouxe avanços significativos, como reajustes salariais e benefícios que visam melhorar as condições dos trabalhadores.
Apoio das Centrais Sindicais
A CTB e outras centrais sindicais manifestaram apoio à luta dos trabalhadores dos Correios desde o início do movimento grevista. Essa solidariedade foi crucial para fortalecer a mobilização, evidenciando a união entre as categorias em busca de direitos trabalhistas. O apoio das centrais é um reflexo da importância da luta coletiva para garantir conquistas significativas em um cenário desafiador.