A Proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro de 1889, representa um marco fundamental na história do Brasil, simbolizando a transição de uma monarquia para um regime republicano. No entanto, essa mudança não resolveu os problemas estruturais do país, especialmente a desigualdade social que persiste até hoje. Neste dia, Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), destaca a necessidade de continuar a luta pela democracia, soberania e direitos da classe trabalhadora.
Contexto histórico
A Proclamação da República foi resultado de um golpe militar que depôs o imperador Dom Pedro II, liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca. Este evento foi impulsionado por insatisfações de grupos como militares, cafeicultores e a Igreja Católica, que buscavam maior participação política e modernização do país. A nova república prometia um regime mais progressista, mas não abordou adequadamente as questões sociais prementes.
Desigualdade social e políticas neoliberais
Desde a Proclamação, o Brasil tem enfrentado uma escandalosa desigualdade social, que se agravou com a implementação de políticas neoliberais. Essas políticas priorizam frequentemente os interesses das elites econômicas em detrimento dos direitos da classe trabalhadora. Araújo enfatiza que é essencial lutar por medidas como a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas, a taxação dos dividendos e uma revisão do Imposto de Renda da Pessoa Física, para garantir uma distribuição mais justa da riqueza.
Defesa da democracia e soberania
A defesa da democracia no Brasil deve incluir a promoção dos direitos dos trabalhadores e a soberania nacional. A luta por um sistema que respeite a dignidade do trabalhador é fundamental para fortalecer as instituições democráticas. A soberania é ameaçada quando multinacionais remetem lucros ao exterior sem uma tributação justa, o que prejudica o desenvolvimento econômico local e perpetua a desigualdade.
A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, marcou o fim da monarquia no Brasil e deu início a uma luta por justiça social e direitos dos trabalhadores, na qual a CTB desempenha um papel crucial. Desde sua criação, a CTB tem sido fundamental na defesa dos direitos trabalhistas, promovendo a organização e mobilização da classe trabalhadora em um contexto de políticas neoliberais que ameaçam esses direitos. A central luta por igualdade, soberania e justiça social, defendendo medidas como a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas e a taxação justa das multinacionais. Ao celebrarmos essa data histórica, é importante reconhecer que seu verdadeiro significado está na continuidade das batalhas por direitos sociais e na construção de uma sociedade mais justa e solidária para todos os brasileiros.