No dia 30 de outubro, celebramos o Dia do Comerciário e Comerciária, uma data que simboliza a resistência e as conquistas de uma das categorias mais antigas e numerosas do Brasil. Os comerciários desempenham um papel crucial na economia nacional, mas ainda enfrentam desafios significativos em suas jornadas de trabalho.
Esta data marca um marco importante na luta dos trabalhadores, relembrando a Passeata dos 5 Mil, em 1932, quando quase 5 mil comerciários marcharam rumo ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, para exigir melhores condições de trabalho. A mobilização resultou na assinatura do Decreto-Lei nº 4.042, que estabeleceu a jornada de oito horas diárias, um dos pilares dos direitos trabalhistas que conhecemos hoje.
Desde a fundação da União dos Empregados no Comércio em 1908, os comerciários têm enfrentado condições de trabalho severas, com jornadas que muitas vezes ultrapassavam 16 horas. Ao longo dos anos, a união e a luta por dignidade se tornaram fundamentais para conquistar direitos como o descanso semanal remunerado e a regulamentação da profissão, que ocorreu em 2013 com a Lei nº 12.790.
“A importância do Dia do Comerciário vai além da comemoração de conquistas passadas; ele destaca o papel fundamental que os trabalhadores do comércio desempenham na economia e no desenvolvimento do país. Os comerciários estão presentes no cotidiano da sociedade, seja nos pequenos estabelecimentos ou nas grandes redes varejistas, sendo responsáveis pelo dinamismo do setor e pela prestação de serviços essenciais à população. Além disso, o dia serve como um lembrete sobre a necessidade de continuar lutando pelos direitos trabalhistas: ainda hoje a categoria comerciária enfrenta a falta de reconhecimento, ainda sofre com salários baixos, além de ter de trabalhar aos domingos e feriados, ficando longe da família. Neste Dia do Comerciário e da Comerciária a luta segue por melhores salários, condições de trabalho adequadas e pela valorização da categoria; assim como a luta geral da classe trabalhadora por um Brasil mais justo e desenvolvido, com valorização do trabalho, livre do ódio e de todos os tipos de preconceitos”, disse Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS, FECOSUL e Vice- presidente da CNTC.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reafirma seu apoio à luta dos comerciários, destacando a necessidade de avançar em direitos trabalhistas. É um momento para renovar o compromisso com a valorização do trabalho, buscando um Brasil mais justo, livre de preconceitos e desigualdades.